A Esplanada do Infante, considerada como «obra marcante de reabilitação da Frente Ribeirinha de Lagos», foi inaugurada no dia 25 de abril, integrando as comemorações oficiais da Revolução dos Cravos.
Projetada pelo arquiteto António Barbosa, do Gabinete de Arquitetura A400, a Reabilitação da Frente Ribeirinha foi o projeto que mais impacto teve na cidade de Lagos, implicando uma área de intervenção superior a 22 mil metros quadrados, traduzindo-se no maior investimento do género alguma vez realizado na cidade.
A Esplanada do Infante, localizada na cobertura do Parque de Estacionamento da Frente Ribeirinha, pretende, segundo a Câmara de Lagos, «afirmar-se como um espaço de lazer, ócio e cultura, que marcará definitivamente a frente marítima da cidade».
Integra três conjuntos de pavilhões que incluem cada qual um bar e um espaço/equipamento para exposições, com área de esplanada, a que acresce um quarto edifício autónomo destinado a um posto de venda/papelaria.
Para o arquiteto responsável pela obra, presente nesta cerimónia, espera-se que a Esplanada do Infante constitua “o novo rosto de Lagos, e que esteja totalmente em sintonia com os novos ritmos sociais da cidade”.
António Barbosa referiu que esta é, na sua opinião, “uma das melhores portas de entrada para um centro histórico de uma cidade”.
Os grandes objetivos desta intervenção, integrada no projeto Polis, passaram por revalorizar os marcos históricos da cidade (nomeadamente o antigo Cais da Ribeira e a muralha junto ao parque) e relacionar a paisagem marítima envolvente com a malha urbana, ou seja, “devolver a frente ribeirinha e a relação com o mar perdida nos anos 50”.
O arquiteto voltou a referir que aquela intervenção “visa diversificar a oferta das novas tendências quotidianas, atenuando os desequilíbrios provocados pelo turismo sazonal e fortalecendo a identidade da Frente Ribeirinha, como centro agregador das populações locais e sazonais”.
A terminar, António Barbosa deu os parabéns à autarquia, “por ter apostado antecipadamente na renovação urbana e valorização do seu território, e tido a coragem e a determinação para avançar com a conclusão desta obra nesta altura particularmente difícil do país”, aproveitando igualmente a ocasião para deixar uma palavra de agradecimento à Futurlagos, por ter sido “incansável” no acompanhamento da obra.
Antes disso, António Marreiros, vice-presidente da Câmara e presidente do Conselho de Administração daquela empresa municipal, havia destacado, acerca da conclusão desta obra de requalificação, que a mesmo se cumpriu dentro do valor orçamentado, de 1.314.500 euros, e que o preço se encontra integralmente pago, em grande parte com meios resultantes de candidaturas diversas a programas de reabilitação urbana e de incentivos ao turismo levados a efeito pela empresa.
Júlio Barroso, presidente da Câmara Municipal de Lagos, iniciou a sua breve intervenção recordando que “todos os anos o Município faz questão de realçar esta data” que, na sua opinião, trouxe uma das “maiores vitórias para o país” – a institucionalização do poder democrático.
Deixando a certeza de que a preocupação deste executivo municipal “tem sido, desde sempre, dar corpo e substância aos valores do 25 abril”, o autarca sublinhou que “não é a crise que nos assola e a austeridade que nos impõem que nos vão fazer baixar os braços”.
Para Júlio Barroso, uma obra como esta “representa uma nova etapa da cidade”, contribuindo de forma decisiva para que Lagos seja “uma cidade mais moderna e de fácil acesso, sem nunca perder os traços históricos que a caracterizam”.
O presidente da Câmara acredita que “a renovação de Lagos facilitará o dia a dia dos seus habitantes e empresas, dará a quem nos visita novas condições de conforto e comodidade, contribui para um reforço da imagem de qualidade turística e consequente progresso económico-social ”.