«O livro continua a ser a pedra angular de toda a cultura», defendeu a escritora algarvia Lídia Jorge, esta quinta-feira, na sessão em que a Tertúlia Farense celebrou o seu 8º aniversário.
Os hábitos culturais dos portugueses, a importância do livro e o que se pode fazer para retirar Portugal do «fundo das estatísticas e dos rankings» de leitura, foram algumas das questões abordadas na reunião do grupo informal de cidadãos da capital algarvia, que decorreu no Hotel Faro.
O Dia Mundial do Livro inspirou a 84ª sessão da tertúlia e o tema provou ser “quente”. As 66 pessoas presentes aproveitaram o mote dado pela escritora, natural de Boliqueime, e lançaram novas questões, como a falta de tempo com que muitos se debatem, para se dedicar à leitura, devido às suas obrigações profissionais e familiares, e a forma como a ausência de hábitos de leitura pode prejudicar a criatividade dos portugueses e a aprendizagem de certas matérias, entre muitas outras.
No final, ficaram muitas questões no ar e falta de tempo para as discutir. Mas, tendo em conta o já longo historial da Tertúlia Farense, é de esperar que, eventualmente, o debate continue, noutra ocasião e noutro local.
Ao longo de oito anos, o grupo de cidadãos de Faro já angariou um total de 160 tertulianos, dos quais 110 continuam ativos e são presença regular nas sessões mensais, que decorrem sempre à quinta-feira.
A Tertúlia Farense dedica-se a debater temas de interesse para o concelho de Faro, mas também assuntos de interesse geral, como foi o caso da sessão de ontem. Em todas as reuniões, há um convidado, que lança a discussão com uma apresentação sobre o tema escolhido.