O livro «A Igreja Matriz de S. Bartolomeu de Messines», do investigador algarvio Aurélio Cabrita, vai ser apresentado no dia 10 de junho, às 17 horas, na igreja dessa vila do concelho de Silves. A obra também contém o inventário do Fundo Arquivístico da paróquia.
Além do momento literário, haverá um outro musical, a cargo da harpista Helena Madeira.
A obra é o resultado do trabalho académico desenvolvido pelo investigador no seu percurso de mestrado e é prefaciado por José Eduardo Horta Correia.
Contém, ainda, o fundo arquivístico do Cartório Paroquial, resultado de um trabalho desenvolvido pelas técnicas de arquivo do Município de Silves, após o estabelecimento de um protocolo entre a autarquia e a Paróquia.
O Fundo Documental, que fica agora disponível para consulta de investigadores e interessados, é composto por livros e documentação avulsa, com as datas extremas compreendidas entre 1675 e 2013.
Esta obra apresenta um amplo estudo sobre o templo messinense, de fachada barroca, nomeadamente os seus estilos arquitetónicos, desde a sua fundação (séc. XVI) até ao presente.
Aurélio Cabrita dá conta de uma singularidade do espaço: no interior (de três naves e seis tramos), as colunas torsas são semelhantes às da Igreja de Jesus, em Setúbal, da autoria de Diogo de Boitaca, propondo o autor que a igreja messinense seja também da autoria daquele mestre, ou eventualmente de um dos seus pedreiros.
Figura de referência do Manuelino, Diogo de Boitaca foi agraciado por D. Manuel I com o título de “Mestre das Obras do Reino”, tendo participado na construção do Mosteiros dos Jerónimos, Santa Cruz de Coimbra e Batalha, entre outros.