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Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, é uma das personalidades convidadas para o debate que, no dia 28 de outubro, vai abordar as questões do património cultural e a nova Convenção do Conselho da Europa.

Em foco vai estar a Convenção de Faro, documento do Conselho da Europa, assinado na capital algarvia em 2005, relativo ao Valor do Património Cultural para a Sociedade.

Lembrando as responsabilidades individuais e coletivas face ao património cultural, a Convenção aponta o contributo que este pode trazer ao desenvolvimento humano e à promoção da diversidade cultural, desde que, enquanto recurso, seja usado de modo sustentável.

O evento decorre no Cine-Teatro Louletano e arranca pelas 11h00, com a sessão de boas-vindas apresentada pelo presidente da Câmara Municipal de Loulé, Seruca Emídio, e início dos trabalhos. Segue-se a projeção do documentário “O Ciclo do Pão”.

O presidente do Centro Nacional de Cultura irá falar sobre “Um novo Conceito de Património Cultural – Património, Herança e Memória”, às 11h15. João Guerreiro, reitor da Universidade do Algarve, e Cláudio Torres, arqueólogo e presidente do Presidente do Campo Arqueológico de Mértola são os oradores seguintes.

Já na parte da tarde, pelas 14h30, o responsável pela Divisão do Património Cultural e Paisagem do Conselho da Europa e vice-director da Cultura e Património Cultural e Natural (Estrasburgo), Daniel Thérond, vai trazer a lume “As contribuições inéditas da Convenção de Faro”.

Às 15h00, é a vez de Dag Myklebust, Senior Adviser do Directorate for Cultural Heritage, Noruega (Oslo), trazer algumas ideias à conferência.

Após uma pausa para café, pelas 15h50, José María Ballester, presidente do júri dos Prémios do Património da União Europeia / Concurso Europa Nostra, aborda o tema “Que Património, para que sociedade?”.

A conceituada escritora louletana, Lídia Jorge, irá falar nesta conferência pelas 16h20, seguindo-se o debate final. O encerramento desta iniciativa acontece às 17h15, com o balanço dos trabalhos apresentado por Guilherme d’Oliveira Martins.

O que se vai debater é, nas palavras de Guilherme d’Oliveira Martins, “o Património Cultural, como realidade complexa – desde o código genético e do genoma humano, até às tradições, às comunidades, às instituições, aos hábitos e costumes, num conjunto vasto de que designamos por Património Imaterial (o modo como os artesãos trabalham, como a culinária se desenvolve, como as pessoas e as comunidades se relacionam), passando pelos vestígios arqueológicos, pelos monumentos, pelo modo de organização das populações e das cidades, mas também pela valorização da criação contemporânea e pela busca de uma relação equilibrada nesse diálogo entre o que hoje temos e queremos e aquilo que recebemos de antanho. No fundo, o que vamos debater é a nova Convenção-Quadro do Conselho da Europa sobre Património Cultural, que entrou em vigor no nosso País no corrente ano, um instrumento inovador, onde se reconhece pela primeira vez que o Património Cultural é uma realidade dinâmica, envolvendo monumentos, tradições e criação contemporânea”.

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