Loulé vai ser a única Cidade Europeia do Desporto portuguesa em 2015, depois de ter visto a sua candidatura aceite pela Associação de Capitais e Cidades Europeias de Desporto (ACES Europe), este sábado.
O anúncio foi feito pelo presidente da ACES Europe Gian Francesco Lupatteli numa conferência de imprensa que teve lugar no Parque Municipal de Loulé, que foi o culminar de três dias de visita que uma comissão avaliadora deste organismo fez ao município algarvio.
«Este é um momento extremamente importante na história do nosso município», considerou, momentos depois do anúncio oficial de aceitação da candidatura, o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo. «Este é o reconhecimento por um trabalho diário que vem de há muitos anos e que teve muitos protagonistas», acrescentou.
Foi também o fruto de uma «candidatura bem feita e muito profissional», como salientaram os responsáveis do ACES presentes na sessão, bem como de uma «esplêndida cidade, que se vê que ama o desporto, tanto na sua vertente profissional, como amadora». Gian Francesco Lupatteli não escondeu ter ficado impressionado com o que viu em Loulé, município que, considerou, «tem feito um trabalho excelente», neste campo.
A candidatura foi aceite e a Câmara de Loulé ficou, desde já, convidada a estar em Bruxelas no dia 5 de novembro, para receber a bandeira que atesta a sua condição de Cidade Europeia do Desporto em 2015, numa sessão do Parlamento Europeu. Além deste galardão simbólico, a atribuição deste galardão abre as portas a Loulé a um “clube” restrito de cidades que a receberam e, por isso, têm acesso a projetos europeus específicos, como é o caso de Guimarães e da Maia, que tiveram o mesmo estatuto em 2013 e 2014, respetivamente.
Até lá, e depois da boa notícia, há ainda «muito trabalho a fazer». Muito do esforço passa por manter a dinâmica que convenceu o júri da ACES, mas também criar um entusiasmo em torno desta distinção, que contagie toda a população. Até porque, como frisou Vítor Aleixo, a organização europeia considera tão importante o desporto organizado, como a promoção da prática de hábitos saudáveis pela população, em geral.
Tendo isto em conta, além de investimento em «mais um ou dois campos de futebol», uma das lacunas identificadas pelos clubes e associações do concelho e melhorias noutros equipamentos já existentes, será feita uma forte aposta em espaços que permitam aos louletanos «praticar desporto, de forma informal». No fundo, «trata-se de procurar o velho ideal grego e latino da Mente Sã, em Corpo São», ilustrou Vítor Aleixo.
O processo de candidatura de Lulé a Cidade Europeia do Desporto passou por dois executivos, de dois partidos diferentes, mas Vítor Aleixo considerou que o mérito não pode ser atribuído a um ou a outro, nem apenas à Câmara de Loulé, mas sim «a um esforço coletivo», que passou muito pelas associações desportivas, pelos seus dirigentes e, claro, pelos atletas louletanos.
