Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, aplaude a decisão do ministro da Saúde Paulo Macedo, que esta segunda-feira anunciou a renovação dos contratos dos médicos cubanos a trabalhar em Portugal.
Para Luís Gomes, a opção mostra não só a credibilidade dos profissionais de saúde daquele país, mas também comprova que o protocolo assinado entre a autarquia vilarrealense e os serviços de saúde cubanos foi uma aposta «consistente» e «com resultados efetivos».
«Fomos pioneiros ao recorrer aos cuidados de saúde cubanos quando, em 2007, enviámos duas dezenas de pacientes para Cuba para serem operados às cataratas. Mas desencadeámos sobretudo uma rutura de mentalidades no Serviço Nacional de Saúde, que se viu obrigado a resolver os problemas relacionados com as então longas listas de espera para as cirurgias oftalmológicas, que, no caso do Hospital de Faro, ascendiam aos oito anos», nota.
Para o autarca, o acordo estabelecido com Cuba, e que já completou quatro anos, permitiu tratar mais de três centenas de pessoas em especialidades tão distintas como oftalmologia, ortopedia, dermatologia e neurologia e garantiu ganhos em termos económicos e na qualidade de vida dos munícipes.
«A prova da nossa confiança nos serviços médicos cubanos leva-nos, aliás, a desenvolver, na futura clínica desportiva do Complexo Desportivo de VRSA, algumas das melhores práticas médicas nas áreas das técnicas de reabilitação há muito utilizadas e procuradas – com elevadas taxas de sucesso – na República de Cuba».
O primeiro grupo de médicos cubanos chegou a Portugal a 8 de agosto de 2009, no âmbito de um contrato celebrado entre os governos de Portugal e de Cuba, para prestar cuidados médicos em centros de saúde no Alentejo, Algarve e Ribatejo.
De acordo com o ministro da Saúde Paulo Macedo, apesar de o país ter obrigação de ser autossuficiente em termos clínicos, os médicos cubanos têm sido muito bem aceites pela população e pelas autarquias.