O navio NRP Cisne, da Marinha Portuguesa, detetou esta tarde um fardo de droga no mar, com perto de 38 quilos de haxixe, cerca de 3,5 milhas náuticas (6,5 quilómetros) a sul da costa da ilha da Culatra, no Algarve.
Segundo a Autoridade Marítima Nacional, «o fardo foi detetado pelo navio, a flutuar, durante uma ação de vigilância e patrulha na zona do Cabo de Santa Maria».
Depois de recolhido pelo navio da Marinha, foi entregue ao Comando Local da Polícia Marítima de Olhão.
O fardo de haxixe deverá ter a mesma origem do que foi encontrado no areal da ilha da Culatra, no sábado de manhã, por uma equipa da Fagar. Curiosamente, esse fardo tinha o número 10 desenhado, enquanto este tem o número 11.
Fonte das autoridades disse ao Sul Informação que estes fardos poderão ter caído de alguma embarcação durante o seu transporte clandestino desde a costa do Norte de África ou já no transbordo para outro barco, mais próximo do litoral algarvio.
Poderá também tratar-de de fardos que se desprenderam do seu “armazém subaquático” devido à forte agitação marítima da semana passada. Com efeito, os traficantes de droga usam por vezes um sistema de cabos para guardar os fardos no fundo do mar, presos a pontos de amarração submersos no leito marítimo, escondendo-os dos olhares das autoridades à superfície.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso destes fardos de haxixe.
A Autoridade Marítima Nacional avisa a população para que, «quando detetar objetos deste tipo no Domínio Público Marítimo, não se aproxime deles e alerte de imediato a Polícia Marítima local».
«O não cumprimento destes procedimentos pode constituir crime punível por lei», avisa ainda a AMN.
O NRP Cisne encontra-se em missão na zona marítima do Sul desde Abril, onde permanecerá até meados de Junho.