A Marinha vai tentar voltar para cima a draga que se virou na barra da Armona, em Olhão, antes do final desta terça-feira, dia 23 de Janeiro, para pôr a embarcação a reflutuar «nos próximos dias».
Os trabalhos de remoção deste barco de extração de areias começaram no sábado, mas uma primeira tentativa para a virar não teve sucesso, o que obrigou a equipa responsável pela operação a mudar de tática.
Segundo revelou ao Sul Informação o comandante Nunes Ferreira, capitão do Porto de Olhão, a primeira tentativa que foi feita, no domingo, não resultou. «A draga não se moveu. A coluna de água revelou-se curta e os balões não conseguiram fazer o seu trabalho. A draga também está mais enterrada à ré do que pensávamos», disse.
Isso obrigou a uma mudança de abordagem, nomeadamente à utilização de outro tipo de balões, que tiveram de vir de Lisboa, bem como à remoção de alguma areia.
Hoje, numa atualização que fez, destinada à comunicação social, Nunes Ferreira revelou que os trabalhos continuavam.
«Neste momento estão quatro balões de 20 toneladas, oito de 5 e um de 3 dentro de água. Está-se a dragar o lado leste para arranjar uma depressão para criar instabilidade no lado onde queremos que a draga caia», disse o capitão do Porto de Olhão.
Ainda assim, houve alguns imprevistos, nomeadamente «um balão que rebentou e uma calha de suporte de um balão que dobrou», que motivaram um «ligeiro atraso» na operação.
Isto significa que, a haver alguma tentativa de viragem ainda esta terça-feira, acontecerá «muito perto do pôr do sol».
A partir do momento em que a equipa que está no terreno conseguir colocar a draga na posição correta, será apenas uma questão de dias até se conseguir pôr o barco a reflutuar, o que permitirá retirá-lo do local.
Fotos: Autoridade Marítima Nacional