«Orgulhoso e com a sensação do dever cumprido!». É com este sentimento que o presidente da Câmara de Olhão Francisco Leal se prepara para o último Festival do Marisco, enquanto detentor deste cargo.
A hora é de despedida, mas nem por isso o executivo liderado por Francisco Leal esquece a inovação. Em 2013, haverá uma barraquinha especialmente dedicada ao mexilhão, iguaria extremamente apreciada pelos espanhóis, que costumam comparecer em grandes números no festival, e também por cada vez mais portugueses.
Francisco Leal admite que uma das ideias é atrair (ainda) mais visitantes da vizinha Espanha ao Jardim Pescador Olhanense, onde se realiza a festa, entre 10 a 15 de agosto, mas o principal objetivo da introdução desta novidade é voltado para a economia local.
«O mexilhão já era usado em alguns pratos, mas acaba por ser uma novidade. É mexilhão aqui da nossa costa. No fundo, é dar a conhecer o que temos de bom aqui em Olhão. Esta produção de mexilhão resulta de um projeto de aquacultura de alto mar [frente à Ilha da Armona] que nós temos acompanhado e ao qual dedicámos muita atenção», revelou Francisco Leal
O mexilhão, agora na qualidade de “celebridade”, junta-se a outras há muito conhecidas daqueles que «fazem questão de vir ao festival um ou dois dias e até tiram férias a pensar nisso».
Santolas, lavagantes, camarões, búzios, amêijoas, cataplanas, sapateiras, paellas ou arroz de marisco são algumas das iguarias mais famosas, de entre as que se podem encontrar no festival.
Além do marisco, confecionado de maneiras variadas, a festa volta a ter um cartaz musical com artistas de grande sucesso. Logo a abrir, na sexta-feira, dia 10, atua Tony Carreira, que vai comemorar os 25 anos de carreira numa festa onde tem sido presença habitual, nos últimos anos.
Seguem-se a fadista Carminho (11 de agosto), os «Xutos e Pontapés» (dia 12) e João Pedro Pais (13 de agosto). Nos dois últimos dias, duas bandas vindas de além fronteiras. No dia 14, toca uma banda de tributo aos U2 vinda do Reino Unido e no dia 15, o festival encerra com os brasileiros «Grupo Revelação».
A festa tem tantos anos como os que Francisco Leal tem de membro do executivo camarário olhanense: 28 anos. Presidente da Câmara há quase 20 anos (antes, foi vereador oito anos), Francisco Leal não esconde que a dimensão que a festa atingiu é um motivo de orgulho pessoal.
Um certame que permitiu fazer de Olhão «mais do que a Capital da Ria Formosa, uma verdadeira capital do Marisco». «Com o investimento que vimos fazendo no Festival do Marisco, temos vindo a promover a cidade, o concelho, os produtos da Ria e do Mar. Estamos satisfeitos por termos conseguido atingir este objetivo», ilustrou.
O Festival do Marisco de 2013 será apresentado na próxima sexta-feira, altura em que a autarquia irá revelar mais pormenores sobre a festa.
Entretanto, a autarquia olhanense já anunciou que o bilhete custa 8 euros para os adultos e 3 euros para as crianças dos 7 aos 12 anos. Para crianças até aos 6 anos, desde que acompanhadas por um adulto, a entrada é grátis.