O Município de Tavira anunciou esta semana que se associa ao programa “Portugal 1914-1918”, promovido pelo Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, com o propósito de sensibilizar a população em geral para a importância da preservação da memória da Primeira Guerra Mundial.
Neste contexto, a autarquia convida os tavirenses, «descendentes de soldados que combateram neste conflito, a partilhar fotografias, postais, cartas, medalhas, diários, mapas, testemunhos gravados de combatentes, uma granada espoletada, um kit de sobrevivência, uma farda, entre outros elementos».
«Qualquer recordação é válida, contribuindo, assim, para promover o estudo e a divulgação da história da participação de Portugal nesta Guerra Mundial», salienta a autarquia.
A partilha poderá ser feita para o endereço de email: museu@cm-tavira.pt.
O programa “Portugal 1914-1918” incentiva à participação de todos os cidadãos para recordar e conhecer melhor a história do conflito e suas repercussões no nosso país.
Pretende-se recordar os soldados que partiram, as suas famílias e todos quantos ficaram e sofreram o impacto da Guerra, bem como salvaguardar a integridade da memória da participação portuguesa no conflito de 1914-1918, parte integrante e indissociável da identidade coletiva nacional.
Este programa é constituído por três projetos autónomos:
>>O portal Portugal 1914-1918, que disponibiliza, em acesso livre e aberto, informação e documentos sobre a história de Portugal e a Grande Guerra, salientando o impacto do conflito ao nível local;
>>O projeto Memórias da I Guerra Mundial 1914-1918, que pretende conhecer e contar a história dos soldados que foram para a guerra, os seus percursos, dos seus familiares e de todos os que ficaram;
>>Projeto Dias da Memória que resulta da recolha de testemunhos, histórias, peças, fotografias, postais, cartas, medalhas, diários, mapas e documentos sobre a participação de portugueses na I Grande Guerra, efetuada, em outubro de 2014, no Palácio de São Bento.
O conflito representou um momento determinante do mundo contemporâneo, cujos efeitos marcaram, significativamente, a História de Portugal.
Entre 1914 e 1918, partiram para a Guerra mais de 100.000 soldados portugueses, provenientes de todo o país. Combateram, em África e na Flandres, tendo morrido quase 8.000 homens, outros tantos ficaram feridos, 6 mil ficaram desaparecidos e mais de 7 mil foram feitos prisioneiros.