O Castelo de Loulé acolhe no próximo sábado, 25 de maio, pelas 18h30, um espetáculo pelo Agrupamento de Música de Câmara da Orquestra do Algarve, que irá apresentar o Quinteto para Clarinete e Cordas em Lá maior, K. 581, de W. A. Mozart (1756 – 1791) e o Quinteto para Clarinete, Op. 55, de Johannes Brahms (1833 – 1897).
O concerto integra-se na quarta edição do Ciclo “Música nos Monumentos”, promovida pela Orquestra do Algarve e pela Direção Regional de Cultura do Algarve. São quatro os monumentos algarvios, localizados de Barlavento a Sotavento, onde as notas musicais tocadas por agrupamentos de câmara irão ecoar, com uma apresentação prévia de cada património histórico que serve de cenário a estes momentos culturais: Casa João Lúcio (Olhão), Alcaidaria do Castelo de Loulé, Antigo Cemitério de Cacela Velha e Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Vila do Bispo).
Em Loulé, o comentário histórico vai estar a cargo de Natércia Magalhães, técnica superior da Direção Regional de Cultura do Algarve.
O Agrupamento de Música de Câmara é composto por Daniel Montero (Violino), Helena Duarte (Violino), Ângela Silva (Viola), Andrea Lysack (Violoncelo) e Pedro Nuno (Clarinete).
Esta é uma coprodução da Orquestra do Algarve e da Direção Regional de Cultura do Algarve, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.
O preço das entradas é de 5 euros. Não se aceitam reservas de bilhetes. Os bilhetes estão à venda no local, cerca de uma hora antes do início do espetáculo. Dadas as características do monumento, a lotação do espaço é limitada.
O Castelo de Loulé
A cidade de Loulé – a antiga al-Ûlyã islâmica – foi, e é ainda hoje, o mais extenso aglomerado urbano algarvio sem contacto direto com o mar.
O traçado das muralhas da antiga medina, com diversos torreões e lanços de muros em taipa dissimulados por entre o casario, são datáveis dos séculos XII-XIII.
O subsolo do casario intramuros preserva incontáveis vestígios de construções e camadas de terra com materiais dessa época. Subsistem restos da antiga mesquita, com a sua torre minarete, convertida pelos cristãos em igreja (atual paroquial de São Clemente), após a conquista da cidade aos mouros, em 1249.
Durante os séculos XIV-XV, a antiga alcáçova, com as suas torres de tradição muçulmana, foi adaptada a residência do alcaide.
Acolhe, atualmente, o Museu Municipal de Arqueologia.