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obrasA nova ETAR Faro/Olhão vai ser finalmente adjudicada «em Abril», anunciou o secretário de Estado do Ambiente na sua deslocação, na semana passada, ao Algarve.

Carlos Martins, durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra da ETAR da Companheira, em Portimão, salientou a «recente aprovação de um pacote de 30 milhões de euros de candidaturas das Águas do Algarve ao PO SEUR», um programa operacional na área do ambiente, no qual o investimento mais volumoso é, precisamente, a construção da nova estação de tratamento de águas residuais que irá servir os concelhos de Faro e Olhão, e que deverá custar 15 milhões de euros.

Estes investimentos, sublinhou o secretário de Estado, destinam-se a «acompanhar os desafios que, neste território do Algarve, se colocam».

A nova ETAR Faro/Olhão permitirá substituir as ETAR de Olhão Poente e Faro Nascente, frequentes alvos de queixas por parte de população, ambientalistas e mariscadores.

A própria empresa Águas do Algarve, aquando do lançamento do concurso público internacional, em Fevereiro de 2015, tinha já admitido que as duas ETAR a substituir estão «subdimensionadas face às condições de afluência (qualitativa e quantitativa) atuais».

 

Carlos Martins_secretário de Estado do Ambiente
Carlos Martins, secretário de Estado do Ambiente

 

Além disso, estas “velhinhas” estações de tratamento «assentam em sistemas de lagunagem, que se revelam desadequados face aos níveis de qualidade agora exigidos para o efluente tratado a descarregar no meio recetor».

A nova infraestrutura a construir irá acolher esgotos provenientes de freguesias de três concelhos, nomeadamente de Faro (União de Freguesias de Faro, União das Freguesias de Conceição e Estoi), de São Brás de Alportel (freguesia de São Brás de Alportel) e de Olhão (freguesias de Olhão, Pechão e Quelfes).

A futura ETAR Faro/Olhão irá situar-se no local da atual ETAR de Faro Nascente, no concelho de Faro, cerca de dois quilómetros a Este da cidade de Faro, numa parcela no Sítio da Garganta, incluída na zona lagunar da ria Formosa. A obra deverá ter um prazo de execução de cerca de dois anos.

O secretário de Estado do Ambiente anunciou também que, do pacote de 30 milhões cujo financiamento está já garantido, consta ainda a conclusão de «infraestruturas em Vila do Bispo», a construção de estações elevatórias no concelho de Albufeira, «para resolver problemas pontuais», ou a desativação da antiga ETAR de Olhão.

Esta antiga estrutura será transformada em «estação elevatória que conduzirá os efluentes para a nova ETAR Faro/Olhão», disse Carlos Martins.

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Joaquim Peres, presidente executivo do Conselho de Administração das Águas do Algarve

À margem da cerimónia da primeira pedra da ETAR da Companheira, o novo presidente executivo do Conselho de Administração da empresa Águas do Algarve disse ao Sul Informação que o pacote de 30 milhões de euros de investimentos inclui, além da nova ETAR Faro/Olhão, a construção de Sistemas elevatórios de Vila do Bispo e Sagres, de Faro/Olhão e ainda em Algoz (Silves). Está ainda prevista a reabilitação da conduta que recolhe e transporta os esgotos de Portimão, Lagoa e Monchique para a ETAR da Companheira.

Na sua deslocação ao Algarve na semana passada, o secretário de Estado do Ambiente inaugurou a nova ETAR de Vila do Bispo, participou no lançamento da primeira pedra da futura ETAR da Companheira e presidiu ainda, à inauguração da central fotovoltaica instalada pela empresa Águas do Algarve na Estação de Tratamento de Água, em Tavira.

sulinformacao

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