O grupo musical farense Galopim vai dar-se a conhecer amanhã, dia 24 de Abril, num concerto agendado para as 18h00 no renovado Rooftop Bar do Hotel Eva, em Faro.
A formação, que junta João Tiago Neto (Melomeno-Rítmica e NOME) e Rui Daniel (Epiphany), “tirou da gaveta” músicas originais, que apresentará pela primeira vez amanhã, num espetáculo com vista para a Ria Formosa.
O projeto surgiu em meados de 2016, impulsionado por João Tiago, que numa primeira fase se juntou ao produtor Francisco Aragão e, mais tarde, convidou Rui Daniel.
O vocalista e guitarrista farense começou a pensar num novo desafio musical na fase final dos NOME e acabou por aproveitar algumas das letras e canções guardadas na gaveta.
A decisão de trilhar este caminho surge numa fase de procura de alguma tranquilidade e onde abraça a paternidade. «Achei por bem iniciar um projeto meu de raiz e convidar as pessoas que eu achava que me poderiam ajudar e que fosse uma mais valia», revelou João Tiago Neto ao Musicália/Sul Informação.
A partir desta tomada de decisão, depressa as músicas “engavetadas” veem a luz e, já com a contribuição de Francisco Aragão, recebem um toque eletrónico que «lhes dá a volta» e uma sonoridade que surpreendeu o seu autor.
João Neto parte sempre da melodia para a letra – as músicas surgem em guitarra ou ao piano e é em estúdio que os outros instrumentos vão sendo acrescentados. «Primeiro crio a música, a linha melódica da voz e depois as palavras começam a surgir e os temas começam-se a encontrar com a música», ilustra o impulsionador de Galopim. As palavras que surgem e acabam por compor as letras versam sobre as «coisas da vida». A escrita é quase autobiográfica e inspirada nas vivências do músico e em situações com que se tem confrontado nos últimos dois, três anos.
Rui Daniel é amigo e familiar de João Tiago Neto, mas o convite só surge após a sua revelação com a recém formada banda Epiphany. A falta de tempo de Francisco Aragão para acompanhar este projeto, distribuído entre a produção e gravação de bandas e a tocar ao vivo com Diogo Piçarra, ditou a formação da dupla e a permanência para o jovem músico.
Aos 18 anos, Rui fica encarregue das programações e da componente eletrónica que marca a sonoridade de Galopim, encarando este passo como uma nova fase na sua aprendizagem musical, mas para onde traz alguns dos sons de uma nova geração, num complemento ao rock.
«O meu estilo é capaz de ser mais recente, estilos não tão conhecidos. Tento fazer uma junção dos três gostos, do meu, do João e do Francisco. Tem sido bastante agradável», releva Rui Daniel. Curiosamente, a raiz dos três músicos é o rock, mas cada um foi seguindo os seus caminhos, que agora se encontram em Galopim.
O projeto é apresentado amanhã, num concerto intimista onde serão apresentados os temas do EP de estreia (com um visual bem cuidado e apelativo), sempre com um enquadramento prévio feito pelos músicos.
A 30 de abril, Galopim tem o seu primeiro concerto no Teatro das Figuras, em Faro, na iniciativa 24horas Figuras.
Conheça aqui Glória, um dos temas de Galopim: