A Câmara Municipal de Loulé inaugurou ontem o Sistema de Orientação no Centro Histórico da cidade, naquela que foi a última ação do Projeto CHARME, criado com o objetivo de reintegrar o casco medieval de Loulé no centro urbano.
O objetivo desta iniciativa é oferecer aos visitantes dois percursos para que possam conhecer o centro histórico e o centro urbano de Loulé.
Assim, foram definidos dois percursos – o do património (laranja) e o do comércio (verde). Estes percursos estão sinalizados através de diretórios colocados nos pontos de chegada a Loulé como os parques de estacionamento, o terminal rodoviário, nos pontos de chegada das camionetas de turismo junto ao posto de turismo e também nas três portas – Mercado, Igreja e Castelo.
Estes percursos estão sinalizados no espaço público, nomeadamente no passeio, com pegadas, o que permite que mesmo o turista mais distraído possa saber para onde vai e o que vai ver.
Os diretórios integram a planta, uma descrição de cada percurso e pequenos apontamentos dos edifícios que se poderão ver. Junto a cada edifício existe uma placa com uma pequena descrição do que se vai ver, acompanhada por um desenho expressivo do próprio edifício.
Para além dos edifícios, e porque o Centro Histórico é muito rico em pormenores, os percursos são complementados com as “vistas”, isto é, detalhes como uma chaminé, uma árvore centenária ou uma janela manuelina, que muitas vezes passam desapercebidos, mas que enriquecem todo o conjunto patrimonial existente.
Todas estas informações constam num folheto disponível no posto de turismo, Paços do Concelho, cafés ou outros pontos de distribuição.
“Aproveitámos o dia de hoje – Dia Mundial do Turismo – para inaugurarmos a última ação de um programa mais vasto, que é o Projeto CHARME, e que pretende, por um lado, divulgar junto dos turistas que nos visitam um percurso, quer comercial, quer dos monumentos, e que sinaliza uma série de pontos onde as pessoas podem ver algo que estamos a destacar, com informação escrita quer em português, quer em inglês”, explicou o vice-presidente José Graça.
Numa altura em que chega ao fim um conjunto de iniciativas que arrancou em 2009, este responsável municipal fez um balanço positivo do CHARME. “Foi um projeto extremamente interessante. Trouxe algum financiamento à Autarquia para alavancar estes projetos, como a recuperação do Cine-Teatro ou a reabilitação do Parque Municipal e a criação do CECAL – Centro de Experimentação e Criação Artística de Loulé. Mas por outro lado, fez-nos pensar o centro histórico, aquilo que é o património nesta área da cidade, e também, em colaboração com a ACRAL, aquilo que é o comércio local”, considerou.
José Graça realçou ainda a realização de eventos como a Noite Branca ou o Festival MED que contribuíram para dar a conhecer esta área urbana, quer em termos patrimoniais, quer em termos comerciais. “Foi importante para repensarmos e darmos visibilidade a este espaço que é, seguramente, dos espaços mais emblemáticos da cidade de Loulé”, concluiu.
Apesar do culminar das iniciativas previstas, a essência do projeto vai continuar. “É claro que este projeto é para durar, com todos os edifícios que foram recuperados e todas as iniciativas que este projeto veio trazer. Este será uma forte atração para os muitos turistas que visitam Loulé”, sublinhou.
O CHARME é um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional – QREN, ao abrigo do Programa Operacional Algarve 21.
Este Sistema de Orientação no Centro Histórico da cidade representou um investimento elegível de 83.627,70 euros e uma comparticipação de 54.358,01 euros. Por outro lado, o CHARME significou um investimento total de 3.717.027 euros, para um investimento elegível 2.673.333,33 euros e um financiamento total de 1.604.000 euros.