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As obras do novo quartel da GNR em Quarteira estão a causar polémica. O barulho tem sido tão «excessivo e incomodativo» que os moradores até já chamaram as autoridades, no passado sábado, 1 de Julho, às 8h30. E foi a própria GNR que ordenou a «interrupção imediata da obra», segundo disse ao Sul Informação Iolanda Melo, representante dos moradores.

Tudo aconteceu, de acordo com Iolanda Melo, «após o contacto de alguns moradores descontentes com o ruído da obra». Pelo facto de as obras terem sido mandadas parar, a moradora deduz que os trabalhos «não tinham o licenciamento adequado, não respeitando o regulamento geral do ruído».

«Após questionar a GNR, ficámos a saber que é necessária uma licença especial de ruído para procederem à realização da obra aos fins de semana e feriados», acrescentou.

De acordo com o Decreto-Lei nº9/2007, esta licença para poderem ser feitas obras ao fim de semana terá de ser passada pelo Município, no caso o de Loulé, «em casos excecionais e devidamente justificados». Nessa licença, é necessário indicar as datas de início e fim da atividade, assim como o horário em que decorrem.

O descontentamento é tal que já há um abaixo-assinado promovido pelos residentes naquela zona. No documento, é pedido que a «obra seja interrompida no período de Julho a Setembro».

O futuro quartel da GNR vai nascer no edifício que antes albergava os Bombeiros de Quarteira. A zona é rodeada de prédios, onde até há apartamentos para arrendar no Verão. Quer um parque infantil, quer a praia estão ali a poucos passos. Estes são fatores que também levam ao descontentamento dos moradores.

Isto porque a obra «tem vindo a perturbar os moradores deste local, bem como todo o comércio local envolvente, devido aos decibéis causados pela sua execução», de acordo com Iolanda Melo.

«O barulho prolonga-se, de segunda a sábado, das 8h00 até às 19h00, inclusive feriados, e é tão excessivo e incomodativo que ninguém consegue permanecer em suas casas. O comércio está completamente afetado, ao ponto de não conseguirem que nenhum cliente lá permaneça», segundo a moradora.

O Sul Informação esteve no local e constatou que é grande o barulho, provocado pelas obras.

Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, adiantou ao nosso jornal que só tomou conhecimento da situação ontem, 5 de Julho, na reunião de câmara, onde lhe foi entregue o abaixo-assinado.

«Estamos a ver a situação e iremos tomar medidas para minorar os impactos. Podem passar por reduzir a autorização do horário dos trabalhos», disse o edil louletano. «Iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, sendo certo que as obras, para se fazerem, têm sempre algum impacto na envolvente», acrescentou.

Questionado sobre se uma das medidas a tomar poderá ser a paragem dos trabalhos, Vítor Aleixo não confirmou, nem desmentiu, dizendo que «ainda não me reuni com os serviços».

Outra das queixas dos moradores prende-se com a falta de segurança da obra. Iolanda Melo recorda que, «devido à ventania que se fez sentir há uns dias, dois tapumes da obra voaram, sendo que um deles atingiu uma funcionária de um estabelecimento da zona».

De acordo com Iolanda Melo, a obra começou a 1 de Junho. O prazo de execução é de 210 dias e o custo é de 925 mil euros.

Sul Informação tentou, sem sucesso, contactar o Comando Distrital da GNR para obter mais esclarecimentos.

 

Fotos: Ana Madeira | Sul Informação

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