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As obras na Estrada Nacional 125, entre Vila do Bispo e Olhão, vão «acabar até ao Verão», devendo mesmo ficar prontas até dia 30 de Junho. A garantia foi dada hoje pelo ministro das Infraestruturas Pedro Marques, junto ao local onde há-de nascer a nova rotunda das Caliças, perto do Chinicato (Lagos).

O ministro garantiu que, de acordo com o «plano de obras» já negociado e aprovado com a concessionária (o consórcio Rotas do Algarve Litoral), as obras começam já para estarem prontas antes do início da época alta do turismo no Algarve.

Dos 85 milhões de euros que vai custar no total a intervenção nesta metade da EN125, de Vila do Bispo a Olhão, faltam ainda realizar quase 11 milhões de euros, mais concretamente 10.675.255 euros de obra.

Mas Pedro Marques prometeu ainda, «nas próximas semanas, talvez dentro de duas semanas», voltar ao Algarve para trazer mais boas notícias, sobre as obras no troço da EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António, que o Governo anterior retirou da concessão e que passaram para a alçada da empresa Infraestruturas de Portugal.

O Governo apresentará em breve um «plano claro» da intervenção na EN125 de Olhão até à fronteira, que terá «projetos e concursos lançados já no terreno em 2017, para as obras decorrerem em 2018», acrescentou. «Connosco não há um Algarve de Olhão a Vila do Bispo, que é de 1ª, e um Algarve de Olhão à fronteira, que é de 2ª», frisou o ministro. Por isso, haverá obras «em toda a EN125 e não apenas numa parte da região».

Quanto ao troço sob a responsabilidade da concessionária Rotas do Algarve Litoral, e respondendo às palavras da presidente da Câmara de Lagos que, pouco antes, tinha dito que nem o ministro sabia «a satisfação que me deu na sexta-feira, quando me disse que vinha ao Algarve para anunciar o reinício das obras da EN125», Pedro Marques afirmou «bem compreender» a «ansiedade da região».

«Se tivesse sido possível que as obras recomeçassem mais cedo, teriam recomeçado», garantiu, mas foi preciso «trabalharmos muito renegociando com a concessionária». E por isso só agora o retomar dos trabalhos é anunciado, quando há a garantia de que nada irá «pôr em causa que a conclusão se faça até ao Verão» deste ano.

 

E porque já há obras efetivamente a recomeçar ao longo da EN125, o anúncio do ministro foi feito junto às máquinas das empresas construtoras, no local onde há-de nascer uma das 23 rotundas que ainda falta construir ou acabar entre Lagos e Faro.

Mas quais são as obras que vão agora recomeçar, para estarem prontas até 30 de Junho? São, para já as 23 rotundas (algumas já quase concluídas), divididas em três troços. Assim, no troço 1, entre Lagos e Portimão, haverá seis novas rotundas: das Caliças (no cruzamento para o Sargaçal), do Chinicato, da Mexilhoeira Grande, da Figueira 2, de Montes de Alvor e do Hotel (da Penina).

No troço 2, entre Portimão e Patã, haverá mais nove rotundas – a de Carvoeiro/Lagoa (quase pronta), a de Lagoa/Fatacil, Escola Internacional do Algarve, Matosa, Matosa/Torre, Pêra, Fontainhas, Patã de Baixo e Patã de Cima.

Finalmente, no troço 3, avançam oito rotundas, grande parte delas já em construção: Boliqueime, Fonte de Boliqueime, Maritenda, Vilamoura, Estibeira, Barrocal, Vale Judeu e Baceladas.

Além da conclusão das rotundas, os trabalhos passam também pela repavimentação, reformulação de entroncamentos, sinalização e equipamentos de segurança, colocação de barreiras acústicas, iluminação de rotundas, reposição de serviços afetados e ainda execução de órgãos de drenagem.

O representante das Rotas do Algarve Litoral anunciou que, ainda em Janeiro, ficarão concluídas todas as intervenções nos 20 quilómetros entre Vila do Bispo e Lagos.

Até fins de Maio, ficarão prontas as obras entre o Nó do IC4 (zona de Albufeira) e o Nó da A22 em Faro, todas as intervenções entre Faro e Olhão, bem como a ligação da EN125 à N2, em Faro.

O troço mais alargado de cerca de 70 quilómetros, entre Lagos e o nó do IC4, «implica ainda um conjunto largo de trabalhos e de construção de rotundas», que só terminarão em finais de Junho, acrescentou o mesmo responsável.

 

Joaquina Matos, presidente da Câmara de Lagos, não escondeu a sua satisfação pela anunciada conclusão das obras na EN125, que classificou como uma «via de extrema relevância na vida das nossas gentes». A autarca salientou o «processo atribulado» que tem envolvido esta intervenção, com paragens e recuos.

«Senhor ministro: volte sempre que quiser, mas sobretudo sempre que nos trouxer boas notícias», exortou, com boa disposição, a presidente da Câmara de Lagos.

E o ministro do Planeamento e das Infraestruturas há-de voltar, como ele próprio disse, «dentro de poucas semanas», para anunciar outras obras, nomeadamente o faseamento da intervenção no troço da EN125 de Olhão a Vila Real.

No que diz respeito à questão do visto do Tribunal de Contas, o ministro explicou aos jornalistas que, no caso dos cerca de 120 quilómetros sob concessão, cujas obras estavam paradas desde Junho de 2016, segundo «o acordo a que chegámos com a concessionária, foram criadas todas as condições legais e financeiras para que, dentro da concessão, estas obras sejam concluídas». Este acordo, acrescentou, «há-de ser submetido a visto do Tribunal de Contas», mas «as obras que agora recomeçam estão dentro da concessão, dentro da legalidade».

Em relação ao troço Olhão/VRSA, que está fora da concessão, e cujo plano de trabalhos e faseamento deverá ser anunciado «nas próximas semanas», o Governo irá apresentar as obras «e ao mesmo tempo iremos começar a preparar projetos, cadernos de encargos, concursos». «Não é o visto do Tribunal de Contas que nos impede de preparar os projetos e depois lançar os concursos», garantiu.

Quanto às portagens na Via do Infante, Pedro Marques acabou por ser interpelado por uma pessoa que lhe perguntou se iriam ser «suspensas durante as obras na EN125». Mas o governante limitou-se a responder que ainda no Verão houve uma redução no preço das portagens, não estando prevista qualquer suspensão.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

 

 

 

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