As obras da rotunda que começou a ser construída na EN125, em Lagoa, no cruzamento com a estrada de Carvoeiro, «vão recomeçar na segunda-feira», garantiu o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) António Ramalho.
A intervenção, parada há quase dois meses, tem criado grandes constrangimentos de trânsito e é, igualmente, um novo polo de insegurança, num cruzamento que era, já de si, um dos grandes pontos de congestionamento desta estrada.
Segundo António Ramalho, que esteve em Faro para participar na cerimónia dos 71 anos da EN2, a IP questionou a concessionária Rotas do Algarve Litoral, responsável pelas obras na EN 125, entre Faro e Vila do Bispo, que lhe terá garantido que a obra irá retomar a partir desta segunda-feira.
O responsável máximo pela empresa pública responsável pelas infraestruturas garante «partilhar todas as preocupações que as autarquias têm», mas lembra que, «como concedente, apenas podemos tentar controlar o bom andamento das obras», tendo os poderes de intervenção limitados pelo facto de se tratar de uma subconcessão.
As obras da nova rotunda têm avançado a passo de caracol e acabaram mesmo por parar por completo em finais de Março.
No meio do cruzamento, ficaram enormes montes de entulho, composto sobretudo por asfalto retirado de outras zonas da estrada, isto numa zona que é uma das principais entradas da cidade e que, na prática, corta Lagoa ao meio. Há ainda um camião parado no centro da futura rotunda, bem como máquinas e materiais de construção.
Além dos problemas para o trânsito automóvel, as obras também aumentaram o perigo para os peões, que têm que atravessar a estrada sem que haja qualquer passadeira ou sinal que indique as zonas de travessia.
Francisco Martins, presidente da Câmara de Lagoa, já manifestou a sua revolta pela situação: «estas obras abandonadas, numa das principais entradas da cidade, são um péssimo cartão de visita, para não falar dos problemas de segurança».
Mas o autarca está também preocupado com o Verão que se aproxima, sem que as obras estejam terminadas. «Antes do Verão já não será possível concluir os trabalhos, por isso espero que, ao menos, limpem aquilo de modo a garantir a imagem e a segurança».