As obras no Largo de São Sebastião, em São Brás de Alportel, começaram no dia 22 de Novembro e estão a avançar «a bom ritmo», segundo informação enviada hoje pela Câmara Municipal. A empreitada deve «estar concluída» até ao final de Maio.
Esta obra é a primeira fase do Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) do Centro Histórico de São Brás de Alportel. A empreitada promete dar «uma imagem totalmente diferente» ao Largo de São Sebastião, segundo Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás de Alportel.
Esta requalificação, que foi adjudicada à empresa são-brasense Trunforiginal, tem financiamento comunitário de 65% do CRESC Algarve 2020.
«O fortalecimento da identidade cultural e a valorização do património constituem a preocupação central de todo este plano. Por esta razão, a elaboração do projeto de requalificação do Largo de São Sebastião teve por base um profundo estudo e a concretização das obras são alvo de todo um cuidado acompanhamento arqueológico», refere a Câmara de São Brás .
Esta obra já esteve, ainda assim, envolta em alguma polémica, devido à demolição da fachada de um edifício do século XIX pela Câmara para aí instalar o estaleiro das obras.
A Associação Al-Portel denunciou o caso, mas o autarca Vítor Guerreiro defendeu-se, dizendo que aí será «criado um ninho de empresas e associações, num pátio existente nas traseiras de várias casas, que estão devolutas». A Câmara de São Brás diz hoje, na sua nota de imprensa, que esta é uma das ações do projeto para o antigo «Quarteirão 4 Olhos», que também quer requalificar uma retrosaria tradicional.
Uma das intenções desta intervenção é «alargar o conhecimento relativo à história deste local, onde já esteve localizada a primitiva Capela de São Sebastião (edificada no século XVII, tendo existindo até ao final do século XIX), e onde, até ao ano de 1940, existia um quarteirão de habitações, depois demolidas para a criação do Largo de São Sebastião», refere a autarquia.
Já em 1957, este Largo recebeu o monumento de homenagem ao poeta Bernardo de Passos, «numa iniciativa popular que merece o maior respeito e todo o esforço na sua valorização», segundo a autarquia são-brasense. O monumento será mantido, mesmo com o novo desenho do largo.
Algumas medidas de prevenção, em termos de segurança para os peões e para a mobilidade automóvel, foram tomadas pela Câmara de São Brás, «na tentativa de minorar o impacto no comércio e nos serviços desta área».
Depois desta obra, segue-se a execução da 2ª fase do projeto, que integrará o primeiro quarteirão da Avenida da Liberdade.