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O Olhanense perdeu este sábado com o Paço Ferreira por dois a um, no 500º jogo de Manuel Cajuda como treinador no principal escalão do futebol português. O Olhanense fica agora à espera de Moreirense e Beira-Mar, que jogam amanhã, domingo, para saber se acaba a jornada acima ou abaixo da linha de água, possivelmente no último lugar.

O excelente campeonato a equipa nortenha tem vindo a fazer fazia antever tarefa dos homens da casa, algo que acabou por se confirmar em campo, apesar de uma boa resposta dos algarvios.

O Paços de Ferreira marcou muito cedo, por Manuel José, o homem que substituiu Josué, uma das figuras de proa dos pacenses esta época e que não alinhou por estar castigado. O jogador do Paços acabou por ser a figura do jogo, ao apontar os dois golos da equipa visitante.

O primeiro foi logo aos cinco minutos, na primeira jogada em que o Paços de aproximou da baliza de Bracali, Manuel José deu o melhor seguimento a um passe de Vítor.

O Olhanense tentou sempre mudar a sua sorte no jogo e acabou por conseguir o empate aos 39 minutos. Djaniny rematou, a bola entrou na baliza., mas a bola desviou em Nuno Santos  e a Liga atribuiu o golo ao defesa pacense.

O empate durou apenas seis minutos, com Manuel José a bisar já em tempo de descontos.

Na segunda parte, o Olhanense procurou a sorte, mas não foi capaz de mudar o marcador, que se manteve igual até ao final. Um resultado que permite ao Paços manter-se na luta pelo terceiro lugar, que dá acesso à liga dos campeões e os algarvios de olhar atento aos embates entre Rio Ave e Moreirense (menos um ponto e um jogo que o Olhanense) e Beira-mar (menos um jogo e menos dois pontos) e o Nacional.

 

Declarações dos treinadores do Olhanense e do Paços de Ferreira, após o encontro da 23ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com uma vitória dos pacenses, por 2-1:

– Manuel Cajuda (treinador do Olhanense): «Os erros por nós cometidos saem-nos muito caros. Fizemos uma excelente primeira parte, mas sofrer um golo a abrir e depois outro em cima do intervalo, ainda por cima da forma como foram consentidos, não é bom. A primeira parte foi muito boa e os dados objetivos do jogo confirmam-no, em posse de bola, remates e cantos.

Na segunda parte, o que aconteceu foi que jogámos com mais coração do que cabeça, mas jogámos e dominámos. Nos nossos últimos jogos em casa, o treinador da equipa contrária chega aqui e diz que teve sorte e eu chego aqui e tenho sempre de dizer que tivemos azar.

(A luta pela manutenção) É evidente que não fica melhor. Mas é evidente que esta luta, quer queiramos, quer não, vai ser até ao último jogo. Há seis equipas que, na minha opinião, estão no lote de equipas a lutar pela manutenção.

Se tenho condições para continuar? Acho que sim. As pessoas podem não achar, mas eu acho. Não sou recordista nisso. Ainda na última época, uma equipa esteve 16 jogos sem ganhar e o treinador ainda lá se mantém. As pessoas são livres de não acharem o mesmo mas eu não posso fazer mais do que já fiz na última semana e meia.

500 jogos? Sempre disse que não queria confundir as coisas, mas agora só falta que haja quem diga que são 500 jogos da Farinha Amparo…»

– Paulo Fonseca (treinador do Paços de Ferreira): «Foi um jogo difícil. Nós sabíamos que íamos ter grandes dificuldades e foi o que veio a acontecer. Marcámos cedo, o Olhanense reagiu muito bem e fomos algo passivos nesse momento de jogo.

Depois, com o segundo golo, voltámos a equilibrar e começámos a ter mais bola. Fomos para o intervalo numa situação vantajosa, mas em alguns momentos com alguma felicidade, que reconheço.

A segunda parte tem outra história: controlámos até aos 30 minutos e o Olhanense nunca teve espaço para criar oportunidades mas, da nossa parte, faltou critério na saída para o ataque, até porque havia espaço para isso.

A última decisão não foi tomada da melhor forma. No final, houve uma reação natural do Olhanense, optando por um jogo mais direto, que nos criou algumas dificuldades.

O jogo vale essencialmente pela nossa vitória. Fomos frios, realistas e pragmáticos nesses momentos, não me custando reconhecer que o Olhanense fez tudo para vencer o jogo e criou-nos grandes dificuldades.

Não estamos minimamente obcecados com o terceiro lugar. Só há uma equipa que não quer subir na classificação neste momento e essa é a primeira classificada. Se estamos no quarto lugar, queremos chegar ao terceiro, é perfeitamente natural mas não é uma obsessão, até porque é uma luta muito difícil com o Sporting de Braga, que vamos tentar prolongar.

Temos o objetivo interno de melhorar o nosso percurso pontual na primeira volta e, em comparação com o mesmo número de jogos, temos agora mais seis pontos.

Se conseguimos igualar ou melhorarmos esse registo, faremos 50/51 pontos, marca que chegará para nos qualificarmos para uma prova europeia. Temos uma boa vantagem para chegar à Liga Europa, mas com o aproximar do final do campeonato as dificuldades aumentam e termos de estar preparados para dar uma boa resposta.

Temos de estar alertas, estamos numa situação privilegiada, mas não está de maneira nenhuma garantido».

 

Ficha do Jogo

Estádio José Arcanjo, em Olhão.
Olhanense – Paços de Ferreira, 1-2.
Ao intervalo: 1-2.
Marcadores:
0-1, Manuel José, 05 minutos.
1-1, Djaniny, 39.
1-2, Manuel José, 45.

Equipas:
– Olhanense: Rafael Bracalli, Luís Filipe, André Micael, Nuno Reis, Jander (Evandro Brandão, 46), Lucas, Tiago Terroso (Ivanildo, 60), Targino, Rui Duarte, Babanco e Djaniny (Djalmir, 46).
(Suplentes: Ricardo, Ivanildo, Leandro, Vasco Fernandes, Evandro Brandão, Fernando Alexandre e Djalmir).
Treinador: Manuel Cajuda.

– Paços de Ferreira: Cássio, Diogo Figueiras, Tiago Valente, Ricardo, Nuno Santos, André Leão, Vítor (Filipe Anunciação, 85), Luiz Carlos, Manuel José (Javier Cohene, 90+3), Cícero e Hurtado (Caetano, 67).
(Suplentes: António Filipe, Luís Sousa, Javier Cohene, Caetano, Jaime Poulson, Tony e Filipe Anunciação).
Treinador: Paulo Fonseca.

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Nuno Reis (26), Diogo Figueiras (29), Cássio (62), Cícero (63), André Leão (72) e André Micael (85).
Assistência: 1.184 espetadores.

(Atualizado domingo às 9 horas com declarações dos treinadores e ficha de jogo)

 

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