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O Rio Ave venceu este domingo o Olhanense, em Olhão, com dois golos sem resposta. Um resultado conseguido na primeira metade do jogo, onde não faltaram oportunidades à equipa da casa, mas sim eficácia e pontaria.

Uma derrota que deixa a equipa algarvia mais longe dos lugares que dão acesso à Europa, aos quais se podia ter colado caso tivesse ganho o jogo. Com a derrota, fica em risco de ser ultrapassado no sétimo lugar pela Académica ou pelo Gil Vicente, que se defrontam amanhã.

Começar a perder e ficar a perder por mais um mesmo antes do intervalo. Assim se resume a primeira parte do jogo entre o Olhanense e o Rio Ave, na perspetiva da equipa da casa. O Olhanense sofreu um golo no primeiro remate à baliza, ainda não tinha decorrido um minuto de jogo. O autor foi Yazalde, que aproveitou uma confusão dentro da área, após a marcação de um canto.

A equipa de Olhão acusou o golo madrugador e tardou a entrar no jogo. O Rio Ave nem sempre tinha a bola, mas era sempre mais perigoso no ataque e certo na defesa. Os visitantes podiam ter ampliado a vantagem aos 9 minutos, numa jogada em que Yazalde se isolou após mau atraso de Maurício, bem anulada por Fabiano e aos 17, com Éder a cabecear bem perto do poste da baliza do Olhanense.

Só perto da meia hora é que houve uma reação digna desse nome por parte do Olhanense. Agra rematou forte à boca da área, para defesa apertada de Huanderson. O Olhanense pareceu soltar-se com esta jogada e incomodou várias vezes a baliza do Rio Ave nos minutos seguintes.

Primeiro Wilson Eduardo, aos 32 minutos, que entrou na área mas não conseguiu o remate, por corte da defesa do Rio Ave. A melhor oportunidade de toda a primeira parte surgiu aos 40 ‘, com Yontcha a ver Huanderson a negar-lhe o golo com o pé.

Antes, os homens da casa já haviam pedido penálti, por alegadao agarrão por trás a Yontcha, dentro da área do Rio Ave. Esta foi apenas uma das decisões do árbitro Hélder Malheiro criticadas pelos homens da casa. O treinador do Olhanense acabou mesmo por receber ordem de expulsão, já depois do apito final, por palavras ao árbitro (ver reações).

Numa altura em que parecia que o Olhanense podia marcar, apesar de a maioria dos remates terem sido feitos de fora da área, foi o Rio Ave que dilatou a vantagem. Aos 43’ o veterano João Tomás subiu para cabecear para golo, após boa jogada. Estava feito o 2-0, pouco antes do intervalo.

O Olhanense entrou para a segunda parte mais determinado em marcar. A equipa da casa criou muitas oportunidades claras de golo, mas os esforços esbarraram sempre em Huanderson ou faltou pontaria, em alguns casos com o guarda-redes do Rio Ave já batido.

Primeiro foi Toy, que substituiu Vasco Fernandes ao intervalo, a desperdiçar de cabeça quando estava isolado ao segundo poste. Já no final Yontcha, com a baliza aberta, rematou por cima. Antes, na primeira grande oportunidade do Olhanense na segunda metade, Cauê havia permitido a defesa com os pés a Huanderson, quando já havia ultrapassado todos os defesas do Rio Ave.

O jogo arrefeceu com as muitas paragens, a maioria das quais para assistência a jogadores do Rio Ave, que cedo começaram a jogar com o cornómetro. Algo que ditou que a segunda parte tivesse mais sete minutos, depois de esgotados os noventa. Sérgio Conceição continuou a colocar jogadores de pendor mais atacante dentro das quatro linhas, mas o resultado não se alterou até ao final.

 

Equipas:

Olhanense: Fabiano, Maurício, André Pinto, Vasco Fernandes (Toy 45′), Ismaily; Rui Duarte (Djalmir 78′), Fernando, Cauê; Wilson Eduardo (Mateus 63′), Salvador Agra e Yontcha.

Suplentes: Ventura, Regula, Mateus, Toy, Djalmir, Jander, Dady

 

Rio Ave: Huanderson, Gaspar, André Villas Boas, Sony, Tiago Pinto; Vitor Gomes, Mendes (Christian 64′), Wires, Eder; João Tomás (Braga 75′) e Yazalde (Anselmo 93′).

Suplentes: Paulo Santos, Kelvin, Braga, Zé Gomes, Christian, Jorginho e Anselmo.

 

Reações:

 

Sérgio Conceição

«Na antevisão disse que ia ser jogo difícil. Independentemente disso, fomos a equipa que rematou mais, cantos, que teve mais posse de bola e oportunidades de golo. Mas não fomos eficazes.

Antes do jogo pedi concentração. Contra o Marítimo, o Beira-Mar e Setúbal entramos mal no jogo. O único jogo em que entrámos mais concentrados foi, precisamente, contra o Sporting. Tínhamos alertado para a necessidade de pontos que o Rio Ave tinha.

Levar um golo logo no primeiro minuto e depois criar uma ocasião de golo e na mesma jogada sofrer o segundo, penso que cortou um pouco a motivação e o querer. Na segunda parte entrámos com outra atitude, criámos algumas situações claras de golo. Se há justiça no resultado…pela eficácia penso que sim.

O jogo aqueceu, num certo momento, porque o árbitro não soube segurar o jogo. Houve demasiados erros hoje. Fui dizer isso ao árbitro no final e ele disse-me que eu estava expulso. Não percebi porquê. Não o tratei mal, não disse uma asneira, disse só que não estava de acordo com algumas decisões dele. Acabei expulso.

Também disse aos meus jogadores para não cumprimentarem o árbitro, porque achei que não tinha feito um bom trabalho, não esteve ao nível que devia estar».

 

Carlos Brito

«Em nome de todos os membros do plantel, dedico a vitória ao Fábio Faria. O nossso companheiro teve uma situação muito complicada, daí termos feito questão que ele viesse aqui.

Em relação ao jogo, valeu essencialmente a primeira parte. A equipa vinha confiante, precisávamos de pontos. Na segunda parte houve um natural ascendente do Olhanense até certa altura. Depois, conseguimos equilibrar e diluir a pressão.

A segunda parte foi fruto da necessidade de pontos. A equipa acaba por se encolher um pouco, não porque tenha vontade de o fazer, mas por vezes o momento assim o diz.

Às vezes é subjectivo de dizer se ajudou o golo madrugador. Mas foi sem dúvida motivador. Precisava de ganhar fora, pontuar fora de casa».

sulinformacao

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