A Área de Produção Aquícola de Tavira deverá ser repensada e a sua dimensão deve ser reduzida para metade, sugeriu a Organização de Produtores Olhãopesca, no âmbito do processo de Consulta Pública deste projeto, recentemente aprovado pelo Governo.
Depois de ter criticado, junto com outras associações do setor, o que considerou um tamanho excessivo da Área Piloto de Produção Aquícola da Armona (AAPAA), frente a Olhão e os seus impactos negativos para as comunidades piscatórias locais e para o ambiente, a Olhãopesca procura evitar que a área que se quer implementar na vizinha Tavira seja mais reduzida, «numa fase inicial».
Segundo esta organização de produtores e as associações de Moradores da Ilha da Culatra e Formosa, neste momento e decorridos seis anos do seu lançamento, «mais de 50 por cento da AAPPA não está a ser explorada», apesar de o espaço que ocupa estar vedado a qualquer outra atividade económica, o que causa «danos colaterais aos restantes setores empresariais».
A zona onde foi implantada a AAPPA era usada pela pesca tradicional, já que se situa sobre um recife artificial ali criado pelo Ipimar. O facto de se encontrar a menos de 3 milhas da costa, acentua este problema, já que é a faixa que é usada pelos pequenos pescadores para desenvolver a sua atividade
«A área prevista implantar, aproximadamente 5 quilómetros de comprimento pro 3 quilómetros de largura, não está sobredimensionada? Existe tão elevada procura na produção aquícola em mar aberto (offshore) que justifique o investimento pro parte da administração na implantação e delimitação daquele espaço em mar aberto?», questionam.
«A Olhãopesca considera a área prevista delimitar para a implantação da APA de Tavira demasiadamente grande, sendo o seu impacto no setor da pesca proporcional, pelo que e numa fase inicial, propomos a redução da área pressuposta em 50 por cento», conclui a OP, na exposição que fez.