Depois de ontem, pelas 19h25, o incêndio de Monchique/Portimão ter sido finalmente dado como «dominado», e após uma noite de intensa vigilância, mantêm-se hoje, no terreno, as operações de consolidação e rescaldo.
Para já, esses trabalhos, que se irão manter pelas próximas 48 horas, estão a ser feitos por 405 operacionais, com os bombeiros a serem ajudados por militares do Exército, apoiados por 146 meios terrestres.
Ontem, Vaz Pinto, o comandante operacional distrital do Algarve, já tinha avisado que o rescaldo vai ser «longo e demorado».
Para mais porque os responsáveis querem evitar a repetição do que se passou na quarta-feira, quando, depois de quase 48 horas sem ocorrências após o incêndio da Fóia ter sido considerado dominado, houve um reacendimento (ou uma nova ignição, a investigação é que irá determinar), que acabou por levar a três dias de fogo devastador, que desceu a serra de Monchique, desde a zona de Casais até ao concelho de Portimão, consumindo cerca de 1800 hectares de floresta, matos e terrenos agrícolas e incultos.
Apesar dos prejuízos, e de, no total, ter ido retirada de suas casas, por precaução, mais de meia centena de pessoas, nenhuma casa habitada foi consumida pelas chamas.