Querença vai tornar-se, a breve trecho, numa “Smart Village”, com sistemas de “co-working” e uma plataforma de e-learning. Os termos técnicos, aqui em inglês, podem criar alguma confusão, mas significam apenas que a pequena aldeia louletana vai passar a estar bem mais perto do resto do mundo, através de sistemas tecnológicos fornecidos pela PT, no âmbito de uma parceria entre o projeto Querença e a empresa de telecomunicações portuguesa.
Recomeçando: Querença vai ser uma comunidade eficiente, ou inteligente, um conceito que roda em torno da aplicação de novas tecnologias, colocando-as ao serviço de toda uma comunidade. Os sistemas que a PT já está instalar, físicos e virtuais, vão permitir potenciar o trabalho em rede, a aprendizagem remota, a assistência médica à distância a parte da população da aldeia e o potencial comercial do Projeto Querença.
Para conseguir este último desígnio, será criada uma plataforma comercial virtual, o Mercado de Querença Online, que permitirá vender produtos agrícolas e artesanais locais aqueles que não possam estar em Querença no último domingo de cada mês.
Segundo a representante da PT Teresa Salema, a plataforma online de venda de produtos de Querença «está quase em fase de lançamento» e estará disponível «nas próximas semanas». Este site permitirá que estes produtos «cheguem a novos consumidores», acredita.
E uma vez que a aldeia de Loulé acolhe um projeto inovador, vai ser instalado novo equipamento de acesso à Internet e dez sistemas Web Conference, para permitir trabalho em rede dentro da comunidade.
A saúde e bem estar não foram esquecidas e foram selecionados diversos habitantes da aldeia, na casa dos quais vai ser instalado um sistema de assistência remota. O aparelho, parecido com um telefone, permite pedir auxílio rapidamente e terá asociado um dispositivo portátil, para ser usado em casos de emergência, dentro e fora de casa.
Agora que a primeira fase do Projeto de Querença chegou ao fim, com uma semana de atividades que culminou ontem com um Mercado dedicado às flores, esta aposta na “Smart Village” é uma das formas de dar continuidade ao trabalho de nove meses naquela aldeia do interior do concelho de Loulé.