A exposição fotográfica «Plantas ameaçadas de Portugal», que dá a conhecer espécies raras, muitas das quais só existem em zonas específicas do Algarve, está patente no Parque Natural da Ria Formosa e pode ser vista até Maio.
A exposição, inaugurada na terça-feira, dá a conhecer «plantas endémicas, que são muito raras». «Temos cerca de 25 espécies de todo o país, algumas das quais só existem no Algarve, seja na Ria Formosa, seja na zona de Sagres”, explicou o biólogo da Almargem Manuel Vieira, na apresentação da mostra.
O lançamento da exposição foi uma das iniciativas que fizeram parte do programa de comemoração do Dia Mundial das zonas Húmidas, promovida pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), na sede do PNRF, em Olhão.
Celebrações que foram enquadradas pelo cenário ideal, já que, lembrou a diretora do Departamento de Conservação da Natureza Florestas do Algarve Valentina Calixto, a Ria Formosa é «uma das zonas húmidas mais importantes a nível mundial».
A relevância desta zona lagunar algarvia levou o ICNF a apostar num programa que contou, não só, com o lançamento da exposição, mas com uma ação de formação, à qual também assistiram alunos de escolas de Olhão, e com a presentação da Semana da Ria Formosa, iniciativa que vai decorrer em Abril e pretende dar a conhecer as riquezas desta área protegida.
A ação «A descoberta da Ria Formosa à luz da ciência participativa», contou com intervenções de Cristina Veiga-Pires e Rita Borges, diretoras dos Centros de Ciência Viva do Algarve (Faro) e Tavira, respetivamente, do professor da Universidade do Algarve Rui Cabral e Silva, e com Susana Costas, Luis Bentes e João Bernardes, todos da Universidade do Algarve. No final, houve debate com o público.
Um momento que pode ser visto como uma preparação para a Semana da Ria Formosa, onde a formação também ocupará um lugar de destaque.
«A Semana da Ria Formosa é vista como a possibilidade de juntar todas as entidades, cidadãos e intervenientes nesta área e conjugá-los em ações diversas. Por um lado, promoveremos ações de sensibilização e informação, por outro, chamaremos uma variedade de parceiros, não apenas entidades públicas e escolas, mas também empresários, associações de viveiristas e pescadores e até de moradores, que têm interesses na Ria Formosa», segundo Valentina Calixto.
«Só a conjugação de esforços nos ajuda a cumprir os nossos objetivos que são essencialmente salvaguardar e levar a bom termo os valores ambientais também numa perspectiva económica», acrescentou.