As centenas de passageiros que aguardavam os seus voos de pé e ao ar livre num dos parques de estacionamento do Aeroporto de Faro, depois de o terminal ter sido fechado por razões de segurança, foram desviados, ao fim da tarde, para a zona de embarque, junto às mangas de acesso aos aviões.
A ANA Aeroportos, temendo pela segurança das pessoas, tinha anunciado, pouco antes do meio dia desta quarta-feira, o encerramento do terminal de passageiros de Faro, muito afetado pelos ventos fortíssimos da madrugada de segunda-feira passada.
Mas anunciava também que o check-in e os procedimentos de segurança seriam mudados para uma «estrutura provisória» montada no parque de estacionamento P6. Daí os passageiros eram transportados de autocarro até aos seus aviões.
Só que, a meio da tarde, a tal «estrutura provisória» não estava montada e largas centenas de passageiros aguardavam em pé ou sentados nas suas malas, ao ar livre, no alcatrão do parque de estacionamento.
Os passageiros queixaram-se de falta de informação e de condições, até porque as casas de banho portáteis só foram montadas a meio da tarde.
Com a previsão de chuva, os passageiros acabaram por ser transferidos, pouco depois das 17 horas, para uma zona coberta na área de embarques. Às 18h00, quando começou a chover em Faro, já as pessoas estavam minimamente abrigadas.
Em declarações à Antena1, o diretor do Aeroporto António Correia Mendes admitiu que, perante a previsão de ventos fortes e tendo em conta que grande parte da aerogare está ainda destruída e oferece pouca segurança, «optámos por uma situação de segurança, não arriscámos».