A Pastoral Diocesana do Turismo do Algarve desafia residentes e visitantes a visitar os presépios algarvios expostos em igrejas e espaços museológicos, de forma a conhecerem as especificidades desta tradição algarvia.
No site da pastoral, foi disponibilizado um roteiro e informação sobre as tradições de Natal, na região, que permitem a visitação «de forma autónoma, por quem o desejar» a alguns dos presépios existentes, segundo a estrutura da Diocese do Algarve responsável pelo Turismo.
Do roteiro fazem parte os presépios de São Brás de Alportel (Igreja Matriz e Museu do Trajo), Loulé (Museu de Loulé), Santa Bárbara de Nexe (Igreja Matriz), São Bartolomeu de Messines (Museu do Traje e das Tradições) e Paderne (Igreja Matriz).
«Várias paróquias têm, nos últimos anos, vindo a recriar esta tradição de “armar” o presépio algarvio e este passeio permitirá a quem aceder à plataforma online encontrar informação sobre os locais onde este ano estão visitáveis presépios tradicionais, quer seja em igrejas, quer em espaços museológicos», resumiu a Pastoral Diocesana de Turismo.
«O presépio algarvio tem, na verdade, características únicas, já que há apenas a figura do Menino Jesus, normalmente colocado em pé, no alto de uma estrutura em escadaria/trono, decorada com os frutos desta época do ano (laranjas e outros citrinos) e frutos secos, com ervas perfumadas e com as searinhas (sementes germinadas). O Menino surge, assim, glorioso, triunfante, o Salvador, o Cristo Rei do mundo e do universo e sempre velado por uma lamparina de azeite. Estas imagens eram, regra geral, artesanais e feitas por santeiros locais», segundo a Diocese do Algarve.
Na plataforma online, também são disponibilizadas «informações sobre as tradições gastronómicas associadas à celebração do Natal no Algarve e informações sobre a festa de Dia de Reis, igualmente muito relevante nas tradições da região».
«Os passeios deverão ser feitos de forma autónoma por quem o desejar, à semelhança do que já se havia proposto em relação aos Santos Algarvios (Beatos Vicente de Albufeira e Gonçalo de Lagos) e permitirão o contacto direto com uma das tradições imateriais mais marcantes na religiosidade da região», acrescentou a Pastoral Diocesana do Turismo do Algarve.