O Secretariado da Direção da Organização Regional do Algarve do PCP manifestou, em comunicado, a sua «solidariedade para com a luta dos trabalhadores do Clube Praia da Rocha, em Portimão».
Os comunistas algarvios recordam que esta é uma luta que está «em curso há várias semanas», mas que levou «a que, na última noite, vários trabalhadores tenham permanecido junto às instalações do hotel, numa atitude de coragem e determinação na luta pelos seus direitos».
Em causa, estão «vários meses de salários em atraso e o acumular de dificuldades e desespero por parte das dezenas de trabalhadores desta unidade hoteleira».
O PCP/Algarve sublinha que é «uma realidade que, infelizmente, está longe de estar confinada a este hotel e que não deixa de causar uma indignação ainda maior, sobretudo, quando são conhecidos os valores do sector turístico durante os últimos dois anos no Algarve».
Para o PCP, «o agravamento da precariedade, a intensificação dos ritmos de trabalho, a retirada de direitos, os baixos salários e os salários em atraso, têm vindo a constituir uma marca da situação laboral no setor da hotelaria e que é inseparável da política promovida por sucessivos governos».
Trata-se, na opinião dos comunistas, de «uma política de exploração e empobrecimento que, favorecendo o grande capital, arrasa as condições de vida dos trabalhadores e das populações».
«A situação vivida nesta unidade hoteleira exige rapidamente uma intervenção do Governo e de outras entidades para que se encontre uma rápida solução», acrescentam.
O PCP, ao mesmo tempo que apela à «unidade dos trabalhadores nesta luta», sublinha que continuará a «acompanhar a situação, intervindo junto dos vários órgãos, incluindo na Assembleia da República, para a denúncia e solução deste problema».