Uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, e membros da Direção da Organização Regional do Algarve dos comunistas, visitou um lagar em Tavira, no passado dia 9 de dezembro.
Este lagar usa um processo contínuo de três fases, produzindo azeite, água russa e bagaço de azeitona. As águas russas são armazenadas em lagoas de evaporação nas próprias instalações do lagar, enquanto, até à campanha de 2012, o bagaço de azeitona era vendido a uma fábrica em Alvito para a extração de óleo de bagaço.
Contudo, imediatamente antes do início da presente campanha, em outubro de 2013, uma inspeção à fábrica de Alvito terá considerado não existirem condições adequadas para o armazenamento do bagaço de azeitona.
Tal circunstância impede a referida unidade industrial de receber o bagaço de azeitona produzido nos lagares algarvios até à conclusão de obras de modernização, o que ocorrerá, previsivelmente, apenas no próximo verão.
Ora, salienta o PCP, em nota de imprensa, os lagares algarvios não dispõem de instalações adequadas para armazenamento do bagaço de azeitona, nem a região dispõe de fábricas para o seu tratamento, pelo que estão confrontados com um sério problema de escoamento do bagaço de azeitona.
«Enquanto a fábrica de Alvito não voltar a ter condições para receber o bagaço de azeitona produzido no Algarve, há que encontrar uma solução, mesmo que temporária, para o armazenamento ou tratamento do bagaço de azeitona produzido na região durante a campanha de 2013».
É que, salientam os comunistas, «só no lagar visitado pela delegação do PCP serão produzidas cerca de 400 toneladas de bagaço de azeitona na presente campanha».
Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo, através do Ministério da Agricultura e do Mar, exigindo uma solução para o problema de escoamento do bagaço de azeitona produzido nos lagares algarvios na campanha de 2013.
Os comunistas querem saber se o Governo tem conhecimento deste problema e se aceitaria «que o bagaço de azeitona produzidos nos lagares algarvios na campanha de 2013 pudesse ficar temporariamente armazenado nos próprios lagares, embora não nas condições mais adequadas, até a fábrica do Alvito o poder receber».
O PCP pretende ainda que o Governo esclareça que «outras soluções poderá apresentar para ajudar os lagares algarvios a ultrapassar este problema?»