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Pedro Nunes e João Moura Reis, presidentes do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde, respetivamente, já explicaram ao Sul Informação a razão da sua ausência do debate sobre o «Estado da Saúde do Barlavento Algarvio», promovido em Portimão pela associação Teia d’Impulsos.

Ambos garantem que a sua ausência foi comunicada antes à direção da associação, pelo que Pedro Nunes até estranha o descontentamento causado pela sua falta de comparência a um debate onde ele e João Reis eram os convidados principais ou, pelo menos, aqueles que as pessoas mais queriam ouvir e confrontar.

Pedro Nunes, em conversa telefónica com o Sul Informação, invocou motivos relacionados com «a saúde de um familiar». Explicando melhor, o presidente da administração do CHA acrescentou que a sua mulher foi ontem internada, com problemas de saúde, e que ele, porque a sua residência habitual «não é no Algarve, é em Lisboa», teve que ir até à capital para lhe prestar apoio.

«Teria todo o gosto em ter ido ao debate e nesse sentido é que aceitei o convite para estar presente. Quem não deve não teme. O trabalho que esta administração do CHA tem feito é honesto. O que tem sido dito são mentiras, criando uma confusão enorme, até com repercussões económicas graves para o Algarve», acrescentou.

Quanto às acusações de que estaria com receio de se confrontar com os seus críticos «olhos nos olhos», garantiu: «Não fujo a debate nenhum! Ainda na segunda-feira estive na AMAL a debater com os senhores presidentes de Câmara. E até já me disponibilizei para me reunir com a presidente de Câmara de Silves, que, por uma confusão, não esteve na AMAL de manhã e não ouviu o que eu então disse, para lhe repetir tudo o que foi dito aos presidentes».

Quanto ao facto de nenhum dos outros membros do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve ter estado no debate, em sua substituição, como teria sido anunciado por Pedro Nunes à direção da associação Teia d’Impulsos, aquele responsável afirmou que «se trata de uma decisão individual, não posso obrigar ninguém a ir a estas coisas».

A terminar a conversa, Pedro Nunes manifestou-se «totalmente» disponível «na próxima semana, quando esta situação familiar melhorar, a participar nos debates todos».

Quanto ao presidente da ARS, em resposta a um email a pedir esclarecimentos enviado esta manhã pelo nosso jornal, o gabinete de Assessoria de Imprensa e Comunicação da ARS disse que «o Dr. João Moura Reis não pôde comparecer no evento na quarta-feira por razões de agenda», salientando que «a organização tinha sido informada já na passada segunda-feira à tarde (por volta das 18 horas)».

A assessoria acrescenta que o presidente da ARS «esteve, mais concretamente, numa reunião no Centro Hospitalar do Algarve em Faro, em reunião sobre o Plano Estratégico do hospital, uma reunião que estava planeada já há dias (desde a segunda-feira) para as 18 horas, e que (como depois se revelou) se prolongou até à noite».

Curiosamente, uma reunião onde, ao que o Sul Informação apurou, também esteve presente Pedro Nunes, enquanto presidente do Conselho de Administração do CHA…

O debate sobre o estado da Saúde no Barlavento Algarvio, que encheu por completo o Pequeno Auditório do Teatro Municipal de Portimão e se prolongou até perto da 1h00 da manhã, decorreu com Luís Batalau, médico pediatra e ex-presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (entretanto extinto), Ulisses Brito, diretor do Centro de Pneumologia do Hospital de Faro e presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Médicos, e ainda os autarcas Joaquina Matos e José Amarelinho, respetivamente presidentes de Câmara de Lagos e Aljezur.

 

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