Os pescadores dos portos de Tavira, Santa Luzia e Cabanas estiveram impedidos de sair ao mar domingo e segunda-feira, devido ao encerramento da Barra de Tavira. A forte ondulação provocada pelo Levante levou a capitania do Porto de Tavira a impedir a navegação, mas a interdição foi levantada hoje cerca do meio-dia.
Segundo explicou ao Sul Informação, Pedro da Palma, capitão do Porto de Tavira, a decisão de encerrar a barra deveu-se à «ondulação de Levante, que tem entrado com muita força».
Hoje de manhã, a barra foi reaberta para embarcações com um tamanho superior a oito metros, mas, entretanto, já se navega sem condicionantes.
No entanto, a partir de quinta-feira, a barra de Tavira deve voltar a fechar. «A partir de quinta-feira, espera-se o regresso do Levante, e poderemos ter que encerrar de novo a barra à navegação».
Apesar de admitir que esta decisão causa constrangimentos, quer a pescadores, quer a embarcações marítimo-turísticas, o capitão do Porto de Tavira diz que «a segurança está acima de tudo. É preferível que as pessoas vivam mais uns anos do que sair para o mar nestas condições. Ainda há cerca de três anos faleceu uma pessoa devido à ondulação forte na barra».
Embora Pedro da Palma esclareça que o encerramento se deve às condições do mar, o assoreamento da Barra de Tavira também ajuda à decisão da capitania. «Temos uma barra assoreada e a ondulação sente-se mais nestes casos», explica.
Carlos Freitas é um dos pescadores que está impedido de sair ao mar. Segundo disse ao nosso jornal, «a malta está revoltada, por não poder ir ao mar. É o nosso sustento».
Segundo o pescador, «entre Cabanas, Tavira e Santa Luzia, há cerca de 50 barcos de pesca impedidos de trabalhar, além de barcos de turismo e de pesca desportiva. Não sai nenhum», conclui.