Alexandre Castanheira, Comendador da Ordem da LIberdade, vai falar sobre a «Contribuição da poesia para a eclosão do 25 de Abril» numa conferência/recital que o espaço de turismo rural e de cultura «Quinta do Malhão», em Castro Marim, acolhe a 27 de abril, às 17 horas.
O convidado, além de ser um dos “pais” dos cursos de animadores socio-culturais em Portugal, distinguiu-se como poeta, escritor, ensaísta, dramaturgo e resistente contra o fascismo.
Um evento que pisca o olho «aos amantes daquilo que nos une», segundo o «Monte do Malhão». «Falamos da “Revolução dos Cravos” que nos libertou da ditadura do Estado Novo e falamos da arte de escrever poesia decisiva para despoletar o momento histórico que celebra agora 40 anos», concretiza a organização desta conferência/recital.
A conferência é apenas o suporte com que o autor alicerça o seu recital de «Poesia da Resistência» faz agora 40 anos e no qual se ouvirão peças de alguns dos poetas mais significativos nesse tempo, entre os quais José Afonso, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Sophia de Mello Breyner, Ruy Belo, Mário Dionísio, José Gomes Ferreira, Miguel Torga, O’Neil e Carlos de Oliveira.
A entrada no evento é livre, mas sujeita a marcação, que deverá ser feita através do email info@montedomalhao.pt ou do telefone 96 407 31 96.
Sobre Alexandre Castanheira:
Foi um dos criadores em Portugal do curso de Animadores Socioculturais, que fundou na Escola Superior de Educação Jean Piaget, de Almada, onde foi professor assistente durante dezoito anos. Deu a sua última lição na Aula Magna do Campus Universitário de Almada aos 70 anos, pelo que é desde então professor jubilado.
Tem obra publicada no campo da poesia, do romance e do conto, de jornalismo, de crónicas e de ensaios de dramaturgia. Notabilizou-se como “diseur”, em inúmeras associações e escolas quer de Portugal como de Galiza e de França, tendo recebido do Município de Almada a medalha de ouro de Mérito Cultural.
Foi membro dirigente do Movimento de Unidade Democrática Juvenil assim como do PCP, onde se filiou em meados de 1947. A sua atividade política (que se prolongou também depois da libertação do País) mereceu da Presidência da República a outorga da comenda da Ordem da Liberdade.