Polícias ingleses e portugueses estão desde esta manhã de volta à Praia da Luz, para levar a cabo novos procedimentos relacionados com o caso do desaparecimento de Madeleine (Maddie) McCann, de um empreendimento turístico de Lagos, em 2007. A nova linha de investigação explora a possibilidade de a menina inglesa, desaparecida do quarto onde estava alojada, ter sido enterrada, na altura, na Praia da Luz, naquele concelho algarvio.
Esta manhã, cerca de duas centenas de polícias de ambas as nacionalidades e diversas viaturas estiveram no local, para dar início à primeira fase. Segundo relatou a RTP, foi possível observar agentes com picaretas e pás, bem como com instrumentos topográficos, e a colocação de estacas no chão.
Estes marcadores servirão como referência às escavações que serão efetuadas «a partir de quarta ou de quinta-feira», segundo o canal público de televisão. Ao todo, terá sido delimitada uma área de cerca de dois hectares.
Na base do lançamento destas novas buscas estará o trabalho levado a cabo por agentes da polícia inglesa, que «observaram imagens de satélite, recolhidas em 2007» e compararam-nas com outras, tiradas mais tarde, de helicóptero, que indicavam «alterações no terreno ao nível da vegetação e do solo».
O local vai ser, numa primeira fase, observado por especialistas em diversas áreas, com ajuda de equipamento tecnológico como um geo-radar, que já estará no local.
Menos tecnológica será a escavação em si, pelo menos numa primeira fase, já que será feita com pás e picaretas, de modo a preservar eventuais vestígios que ainda se encontrem no local. A suspeita é que o corpo tenha sido, eventualmente, enterrado há cerca de sete anos.
Madeleine, então com 4 anos, desapareceu do apartamento de férias da família na Praia da Luz a 3 de maio de 2007, enquanto os pais jantavam com amigos num bar de tapas próximo, deixando os três filhos sozinhos.