As lajes de betão do atual caminho vão ser removidas e substituídas por um passadiço em madeira, «ligeiramente sobrelevado», com cerca de 800 metros de comprimento, que permita o acesso às habitações e à praia, «minimizando deste modo a destruição da vegetação e cordão dunares», no lado poente da Praia de Faro.
Esta será a principal obra da empreitada de Renaturalização e Recuperação do Cordão Dunar da Península do Ancão – Núcleo Poente à empresa Toscca –Equipamentos em Madeira, recentemente consignada pela Sociedade Polis Litoral Ria Formosa.
Esta empreitada decorrerá durante um período de 60 dias e vai custar 160 mil euros.
Segundo a Polis, a intervenção «tem como principais objetivos atenuar a degradação do Cordão Dunar no Núcleo Poente da Península do Ancão», prevendo a «descompactação de solo», através da remoção de lajes de betão e da construção do novo passadiço.
A obra destina-se a desempenhar «com eficiência, um papel importante na reconstrução dunar, contribuindo para a proteção e recuperação do património natural e cultural na zona costeira, e ainda a prevenção de diversos riscos associados às zonas costeiras, na perspetiva de garantir a sua sustentabilidade ecológica, ambiental e social».
A Polis acrescenta que prevê ainda «a manutenção e reposição das condições naturais do ecossistema e minimização das situações de risco para pessoas e bens, por via das medidas corretivas de erosão e defesa costeira».
Esta obra, resultado do Projeto da Renaturalização e Recuperação do Cordão Dunar da Península do Ancão – Núcleo Poente, foi financiada com recurso a capital social da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, através das componentes Estado, e financiamento comunitário por meio do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).