Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

A adjudicação final da obra da praia fluvial de Odeleite foi chumbada pelos vereadores da oposição, em maioria na Câmara de Castro Marim, na segunda-feira, dia 18 de Dezembro. Este chumbo «acabou com a obra», que já não poderá avançar, o que significa, igualmente, que se perdem os Fundos da União Europeia a ela associados.

«Assinaram a certidão de óbito à praia fluvial. Perderam-se fundos comunitários e perdeu-se um projeto no qual a população de Odeleite depositava grandes esperanças», previsto para a albufeira da Barragem de Odeleite, considerou ao Sul Informação o presidente da Câmara de Castro Marim Francisco Amaral.

Célia Brito, vereadora do PS, partido da oposição que conta com tantos vereadores como o executivo PSD, dois no total, assume o chumbo da proposta da Câmara, justificando-o com o facto de os socialistas «nunca terem concordado com a localização escolhida».

Vereadores da Câmara de Castro Marim (da esquerda para a direita): Mário Dias (PS), Filomena Sintra (PSD), Francisco Amaral (PSD), Célia Brito (PS) e José Estevens (CM1)

«O PS sempre defendeu que o projeto é desajustado e sempre se manifestou contra o local escolhido, que fica afastado da aldeia. Estamos a favor que se faça na zona da ribeira, aproveitando para requalificar as casas ali existentes», defendeu a vereadora socialista, em declarações ao Sul Informação.

Quanto à perda de fundos comunitários, Célia Brito alega que a comparticipação da União Europeia cobria menos de metade do custo da obra, «200 e tal mil euros, numa intervenção orçada em 709 mil euros». O resto, «quase meio milhão de euros», teria de ser investido pela Câmara.

Para os socialistas, esta verba «é mais do que suficiente» para implantar um projeto que permita «requalificar Odeleite e criar uma praia fluvial junto à aldeia». Esta última infraestrutura, estima Célia Brito, «teria custos baixos, na ordem dos cem mil euros. Ficaria, certamente, mais barato», acredita.

E se, da parte do principal partido da oposição – o quinto lugar de vereador é ocupado por José Estevens, antigo presidente da autarquia, que entrou em choque com os sociais-democratas e apresentou um candidatura independente – chega a garantia de que «a população não queria a praia fluvial deslocalizada da aldeia», Francisco Amaral lança fortes críticas aos seus opositores, acusando-os de se estar «a borrifar para os interesses dos munícipes».

Uma praia fluvial, defendeu o edil de Castro Marim, «traria centenas de pessoas até Odeleite, no Verão» e daria um forte contributo à economia local. Francisco Amaral lembra que instalou uma infraestrutura semelhante em Alcoutim, quando presidia àquela Câmara, «que hoje é a principal atração turística» daquele concelho.

Francisco Amaral garantiu que, após este chumbo, «já não há possibilidade de avançar com o projeto». Para o autarca social-democrata, a inviabilização deste projeto «faz parte da estratégia da oposição para paralisar a Câmara de Castro Marim», à semelhança de outras decisões, como a de chumbar o Orçamento Municipal para 2018, também na última segunda-feira.

sulinformacao

Também poderá gostar

odeleite

Concurso “Aldeia Florida” está de volta a Odeleite

Os interessados em participar podem inscrever-se de 1 a 15 de fevereiro
CHUA Hospital de Faro Arquivo NC (47 of 51)

PSD exige ao CHUA que anule concurso ganho por clínica de radiocirurgia espanhola

Este tratamento de radiocurgia implica apenas uma «deslocação do doente»
327306261_502690755305778_1495258043966115173_n|CARNAVAL 23_Altura

Vencedor do “Big Brother” é convidado especial do Carnaval de Altura

Que realiza nos dias 18 e 19 de Fevereiro