Jorge Pulido Valente está disponível para se recandidatar à presidência da Câmara de Beja nas próximas eleições autárquicas.
O autarca socialista, que venceu pela primeira vez as eleições em 2009 e assim arrebatou esta emblemática autarquia à CDU, quer continuar à frente dos destinos do concelho, uma vez que o seu projeto para Beja ainda não está concluído.
“Estou motivado para levar até ao fim a minha proposta e o meu projeto para Beja”, disse o presidente da autarquia bejense aos jornalistas.
Pulido Valente afirmou que a sua candidatura em 2009 “não era um projeto para um mandato, mas sim um projeto para, no mínimo, dois mandatos ou até 10 anos”. O presidente da edilidade assegurou que tem “a mesma genica e o mesmo entusiasmo” para levar o seu projeto adiante.
“Apesar de todas as dificuldades que temos tido, que continuaremos a ter e que se vão agravar, continuo empenhado em transformar Beja naquilo que todos nós ambicionamos”, sustentou Jorge Pulido Valente.
O autarca relembrou que, atualmente, com a alteração dos estatutos do Partido Socialista, o candidato é escolhido em eleições primárias dentro do partido. Pulido Valente apontou-se como “candidato a candidato”. Segundo ele, se os militantes do PS considerarem que é a “pessoa indicada” para concorrer “aí as coisas serão decididas”.
O presidente da Câmara de Beja considera que “vão existir muito poucas pessoas, nas condições atuais em que nos encontramos, a sentirem-se aliciadas para serem candidatas”.
Jorge Pulido Valente referiu que, com a Lei dos Compromissos, a Lei das Finanças Locais, a nova Lei Autárquica e com um “pacote [de medidas] que está a apertar, a asfixiar cada vez mais as Câmaras, a transformá-las apenas em gestoras de instalações e de equipamentos e prestadoras de serviços básicos”, a vida dos autarcas vai tornar-se “mais difícil”.
Por outro lado, de acordo com o mesmo responsável, a criminalização dos eleitos, prevista na Lei dos Compromissos, vai travar o aparecimento de candidaturas.
Jorge Pulido Valente venceu em Beja as últimas eleições autárquicas, colocando fim a mais de três décadas de gestão comunista na autarquia bejense.