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Bolsas EstudoMais de 300 estudantes da Universidade do Algarve que se candidataram a Bolsas de Estudo de Ação Social de âmbito nacional continuam à espera que o seu processo seja concluído, devido a um problema que ocorreu no servidor informático da plataforma de gestão do processo de bolsas de estudo da Direção Geral do Ensino Superior (DGES), no dia 11 de dezembro.

A Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) denunciou a situação, este sábado, e exigiu a «imediata compensação aos estudantes afetados por este problema».

Segundo dados da associação académica, este problema estará a afetar 25 por cento dos alunos da academia algarvia que submeteram candidaturas a bolsas. E ainda estará por resolver, já que, segundo os Serviços de Ação Social da UAlg, na passada quinta-feira, continuava-se «a ter problemas de acesso aos documentos dos estudantes, nomeadamente a sua visualização».

O administrador deste serviço Amadeu Cardoso informou a associação que, com o objetivo de minimizar os prejuízos para os estudantes afetados, já os notificou, pedindo que «de novo façam o carregamento de documentos indispensáveis à análise da candidatura», ao mesmo tempo que revelava estar «a trabalhar com dificuldades inesperadas».

«Estamos a meio do ano letivo e, naturalmente, quem precisa de bolsa de estudo não pode esperar. O abandono escolar é uma realidade no Ensino Superior e esta demora na resolução de centenas de processos de candidatura pode levar a aumentar esse flagelo», defendeu a associação, numa nota de imprensa.

O problema, segundo revelaram os representantes dos estudantes, foi identificado a 11 de dezembro e reportado no dia seguinte aos Serviços de Ação Social das Instituições de Ensino Superior.

«A 30 de dezembro, a DGES comunicou aos Serviços de Ação Social a resolução da falha verificada ao nível do repositório de documentos que serve a Plataforma de atribuição de bolsas de estudo e garantiu que teriam sido realizadas alterações técnicas ao nível do seu funcionamento de forma a precaver situações semelhantes e, em simultâneo, melhorar a robustez e desempenho da sua infraestrutura», segundo a AAUAlg.

No entanto, ainda se estará a tentar «minimizar a situação decorrente das lacunas ainda existentes» em alguns Serviços de Ação Social do país, segundo um esclarecimento dado ontem pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) ao Canal Superior.

O MEC diz ainda que está a decorrer «uma segunda fase do processo de recuperação do repositório dos documentos digitalizados tendo em vista corrigir as lacunas detetadas no fim da primeira fase».

Esta é, de resto, outra questão que preocupa os representantes dos universitários do Algarve, que querem «ver garantida a proteção dos dados submetidos à plataforma». «Dado o teor da documentação, com factos e informações de caráter pessoal, preocupa-nos que os documentos apareçam com anomalias ao serem consultados, levantando as questões sobre a privacidade da informação neles contida», ilustraram.

Na nota de imprensa em que denunciou a situação, a associação académica pede, ainda, «consideração pelos estudantes», exigindo ser informada «imediatamente» sobre problemas que afetem o corpo estudantil, de modo a minimizar o impacto.

«Mostramos preocupação para com a centralização da informação. A DGES está demasiado longe do estudante, tratando-o como um número, desumanizando todo este processo, levando a um atraso de cerca de um mês na resolução de milhares de candidaturas a nível nacional por um “simples” colapso informático», concluiu a AAUAlg.

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