A greve de 24 horas convocada por todos os sindicatos que representam os profissionais que trabalham no setor da saúde vai começar já a partir da meia-noite. Médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos unem-se em protesto contra a falta de recursos humanos e de material, avançando para uma paralisação que deverá afetar todas as unidades de saúde públicas da região.
O anúncio da greve foi feito na passada semana, numa conferência de imprensa conjunta os sindicatos dos Médicos da Zona Sul (SMZS), dos Enfermeiros (SEP), da Função Pública (FP) e a União de Sindicatos do Algarve (Usal), no seguimento de plenários com realizados em Faro e Portimão e depois de ouvidos de profissionais de saúde de diferentes unidades de saúde da região.
Além da greve, resultou desse contacto com os profissionais a convocação de uma Tribuna Pública, para as 17 horas de amanhã, frente à sede da Administração Regional de Saúde do Algarve, em Faro. Uma iniciativa dos profissionais de saúde, que se quer que seja também «dos utentes, dos autarcas e dos deputados eleitos pelo Algarve, que têm vindo a ser contactados, no sentido de estar presentes, para todos juntos defendermos a saúde do Algarve», segundo disse, na altura, o dirigente do SEP/Algarve Nuno Manjua.
As ações de luta convocadas para esta sexta-feira são um «basta a declarações vazias dos nossos responsáveis, que assumem que faltam 823 profissionais de saúde no Algarve, dizem que vão abrir vagas significativas para o Algarve». «O que é certo, é que as únicas vagas que abriram foram para médicos, assumindo desde logo que elas iriam ficar por preencher e não são coerentes, porque não abrem concursos para as outras profissões», disse Nuno Manjua.