O PS/Faro acusou o executivo camarário farense de ter lançado «uma operação milionária de marketing político», que já onerou os cofres da autarquia em «valores superiores a meio milhão de euros». Em causa estão não só os novos sites e imagem apresentados na sexta-feira, mas uma série de medidas na área da comunicação.
«A despesa que está a ser feita pelo Município em propaganda não está a ter em conta as dificuldades financeiras da Câmara e dos seus fornecedores», acusam os socialistas. E colocam em causa alguns dos investimentos feitos, demarcando-se «totalmente deste ato de desmedida propaganda e má utilização de verbas públicas do Município».
O maior investimento, segundo o PS, foi feito em «virtualizações dos postos de trabalho do Município», uma medida que custou «180 mil euros». Com esta iniciativa, os funcionários da Câmara de Faro podem aceder em qualquer lugar aos seus documentos de trabalho e à rede interna da autarquia, desde que tenham ligação à Internet.
Os socialistas enunciam uma lista de gastos, contrapondo com cortes efetuados pelo executivo liderado por Macário Correia. Do lado das despesas, destacam as duas novas plataformas ontem apresentadas (60 mil euros), a rede própria de outdoors do município (30 mil euros), e a «alteração no sistema para adaptação» (73 mil euros).
Falam ainda de 28 mil euros «de livros de balanço de mandato em grande tiragem e papel luxuoso com fotografias de obras lançadas, projetadas e programadas pelo anterior Executivo do Partido Socialista numa vã tentativa de reescrever a história». O PS refere ainda o contrato de 70 mil euros «com uma empresa de publicidade».
Em contrapartida, lembram os socialistas, foram cortados «os apoios às Instituições Particulares de Solidariedade Social, Clubes Desportivos e Entidades Culturais, com o argumento de não existirem verbas», assim como aos «atletas farenses de alta competição».
Os socialistas recordam ainda que foram aumentadas «as rendas das habitações sociais» e reduzidas «em cerca de 75 por cento as transferências para as juntas de Freguesia», ao mesmo tempo que subiram generalizadamente, «para o máximo que a lei permite», os encargos em taxas e preço dos serviços.
«Exige-se que a atual maioria de direita pare imediatamente com esta forma de fazer politica, em torno da propaganda e do imaginário, virando-se para as soluções efetivas dos problemas das Pessoas, Instituições e Empresas que fazem e são a Capital do Algarve», concluiu o PS/Faro.