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O PS exige que se acabe «com as dúvidas sobre quem manda aonde no Algarve». O pedido é dirigido à Administração Regional de Saúde e ao Centro hospitalar do Algarve e foi feito no seguimento da visita de uma delegação socialista ao Serviço de Urgência Básica de Loulé, no âmbito da jornada regional do PS-Algarve sobre a temática da saúde, realizada no final da passada semana.

«Não podemos esperar outra coisa que não o cumprimento das competências que lhe são legalmente atribuídas a cada uma destas entidades. O assunto é demasiado sério e exige uma solução imediata porque o que me foi relatado da SUB de Loulé ter ficado 2 dias seguidos sem médico não pode de modo algum repetir-se», defendeu o secretário nacional dos socialistas Álvaro Beleza.

A Federação Regional do Algarve do Partido Socialista dedicou sexta e sábado ao setor da saúde, com a realização de visitas a unidades de saúde e com uma conferência regional na Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve.

Na sexta-feira, os socialistas visitaram o Hospital de Portimão, recentemente integrado no Centro Hospitalar do Algarve (CHA), a UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade Gentes de Loulé, a USF – Unidade de Saúde Familiar Lauróe e o SUB – Serviço de Urgência Básico de Loulé.

Além da situação limite que se atingiu no SUB de Loulé, no início do mês, a carência de profissionais foi o «ponto comum» que o dirigente nacional e coordenador do PS na área da Saúde Alvaro Beleza e o presidente da Federação socialista do Algarve António Eusébio dizem ter encontrado, nas diferentes unidades que visitaram. Algo que impede «a estabilidade, continuidade e qualidade dos serviços prestados».

António Eusébio mostrou «surpresa ao tomar conhecimento que existem profissionais a trabalhar 17 dias seguidos na SUB de Loulé». «É inconcebível, estamos perante uma prática inimaginável e altamente condicionadora da qualidade de prestação de cuidados», disse. Apontou, ainda, a «necessidade de ser revista, de igual modo, a escala de enfermagem, uma vez que fica aquém do recomendado pelos rácios internacionais».

Antes, no Hospital de Portimão, onde foram recebidos pelo Conselho de Administração do CHA, os dirigentes socialistas dizem ter-se deparado «com a contínua carência de recursos humanos que tem motivado fortes tomadas de posição pelos profissionais de saúde, passando mesmo pelo pedido de demissão de alguns destes e de algumas equipas médicas.

«Apesar das garantias que nos têm sido dadas pelos responsáveis do CHA, o certo é que a falta de pessoal, denunciada há muito pelos profissionais, não somente se mantém, como se tem acentuado no decurso deste ano», considerou António Eusébio.

Já Álvaro Beleza admitiu que o modelo do Centro Hospitalar do Algarve possa gerar mais-valias, mas «no momento atual, apenas podemos confirmar que os impactos na população e nos profissionais não têm sido positivos».

No sábado, as jornadas continuaram com a conferência regional «Saúde: Hoje e Amanhã». A ex-bastonária da Ordem dos Enfermeiros Maria Augusta de Sousa, o professor da Escola Nacional de Saúde Pública Paulo Moreira e a pela dirigente nacional do PS Isaura Martinho, foram os oradores convidados.

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