O PS quer que a Câmara de Faro antecipe o pagamento do empréstimo contraído junto do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), para que possa deixar de estar obrigado a aplicar as taxas máximas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Os socialista defendem a contração de um novo empréstimo, a 14 anos, junto da banca tradicional, de modo a resgatar a dívida ao programa do Estado e baixar os impostos cobrados à população.
A convicção de que a cobrança da taxa máxima de IMI «penaliza sem necessidade Faro e os farense» está na base desta proposta , bem como da de alteração ao Orçamento Municipal para 2016 imposta pelos vereadores do PS e da CDU, em maioria na Câmara de Faro.
Desta forma, está nos planos da autarquia o abatimento de uma parte da dívida ao PAEL, já este ano, apesar da discordância da coligação de direita no poder, que considera que o dinheiro seria melhor aplicado em investimento potenciador da atividade económica.
Os socialistas dizem que a estratégia do atual executivo, ao não priorizar a antecipação do pagamento do PAEL, é fazer «com que os farenses paguem taxa máxima de IMI ao longo dos próximos 20 anos», o tempo que está planeado demorar até que o município acabe de pagar este empréstimo.
Para os socialistas, já se justifica aliviar os farenses, tendo em conta que, entre 2010 e 2015 «as receitas de IMI subiram 16 milhões 217 mil 692 euros em valor acumulado,(…) uma subida de receita superior a 32 por cento». Foi, de resto, esta realidade que levou a que se tenha conseguido os bons resultados financeiros recentemente anunciados pela Câmara, já que «é sobretudo do aumento de receitas do IMI que resulta a redução do endividamento do Município», defende o principal partido da oposição.