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O PS/Algarve «tem de debater o Estado da região» e saber fazê-lo também «fora do seio do partido». O aviso foi deixado ontem pelo presidente da Federação do Algarve do PS António Eusébio no jantar de Ano Novo desta estrutura política, responsável que também considerou ser «responsabilidade do PS dar o passo de envolver as pessoas e, com elas, conseguir essa discussão política».

Muitas das principais figuras socialistas da região e também representantes do partido com responsabilidades a nível nacional juntaram-se esta segunda-feira à noite no Sports Café, em Faro, para lançar um novo ano. E tanto António Eusébio como o secretário Nacional do PS Miguel Laranjeiro, os oradores da noite, elegem uma maior abertura à sociedade e envolvimento dos cidadãos como prioritários.

Para António Eusébio, é necessário, desde logo, que haja mudanças no PS e que o partido «seja capaz de fazer as pessoas acreditar na mudança». Isto porque, considerou, a maioria dos portugueses estão «num estado de alienação», provocado pelas dificuldades. «Como é possível o povo estar tão calado, com tanta medida de austeridade? Como é possível que as pessoas não reajam?», questionou.

Quanto às lutas políticas que o PS irá travar em 2014, na região, palavras para diversos problemas que já vêm detrás, como a paragem das obras na EN 125 ou o desinvestimento na educação, mas também para outros bem “frescos”, nomeadamente o documento público lançado por 183 médicos do Centro Hospitalar do Algarve, com fortes críticas e denúncia de chantagem por parte do Conselho de Administração desta unidade de saúde.

«O CHA todos os dias prega partidas aos algarvios e aos profissionais que lá trabalham», considerou. E usou uma anedota bem conhecida para ilustrar aquela que considera ser a atitude de Pedro Nunes: a do homem que segue numa autoestrada, houve na rádio que há alguém a circular em contramão e diz que estão é todos a circular no sentido errado. «Parece que é deste modo que o Conselho de Administração do CHA vê as coisas», disse.

Um assunto que Miguel Laranjeiro também abordou, para ilustrar o desinvestimento do Governo na área da Saúde. Outro foco do discurso do membro do secretariado Nacional do PS foram os desafios que se aproximam, nomeadamente as eleições europeias e a convenção «Novo Rumo», que o PS irá promover em Lisboa, a 17 de Maio. «Chamamos todos os que se revejam no manifesto que foi lançado a envolver-se na discussão», instou.

Considerando que 2013 «foi um ano de trabalho intenso e de vitórias», referindo-se «ao melhor resultado de sempre de um partido ou coligação numas autárquicas», Miguel Laranjeiro quer que o ano que agora começa seja semelhante, pelo menos no sucesso eleitoral, lançando o temas da Europeias, que também decorrem em Maio.

sulinformacao

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