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O PSD acredita que vai conseguir manter a sua «posição maioritária» no conjunto das Câmaras algarvias e não teme que medidas do Governo que têm sido muito criticadas na região influenciem o eleitorado, nas Eleições Autárquicas previstas para outubro.

Apesar disso, o presidente do PSD/Algarve exigiu, à margem da apresentação dos candidatos do partido às 16 Câmaras algarvias, que sejam implantadas medidas que ajudem a economia regional.

Carlos Silva e Sousa (Albufeira), José Carlos Pereira (Alcoutim), Victor Vicente (Aljezur), Francisco Amaral (Castro Marim), Rogério Bacalhau (Faro), José Inácio Eduardo (Lagoa), Nuno Serafim (Lagos), Helder Martins (Loulé), Rui André (Monchique), Eduardo Cruz (Olhão), Pedro Xavier (Portimão), Rui Eusébio (São Brás de Alportel), Rogério Santos Pinto (Silves), José Estevens (Tavira), Gilberto Viegas (Vila do Bispo), Luís Gomes (Vila Real de Santo António) são os candidatos a presidente de Câmara do PSD.

A cerimónia que serviu para dar a conhecer os nomes e as caras dos cabeças-de-lista do PSD decorreu na passada sexta-feira e contou com a presença das principais figuras do partido a nível regional e com Marco António Costa, secretário de Estado, mas aqui em representação da Comissão Política Nacional dos social-democratas.

Depois de terminada a sessão, tanto Luís Gomes como o vice-presidente do PSD reiteraram a mensagem de confiança passada momentos antes, durante a sessão. Marco António Costa recusou mesmo «antecipar cenários negativos».

«Nós acreditamos em todos os candidatos que apresentámos em todas as Câmaras do país. (…) O PSD nunca parte para um ato eleitoral com a perspetiva de empatar ou perder, parte sempre para vencer», considerou.

«Fizemos várias sondagens, que apontam para que a influência das políticas nacionais é muito pequenina nas escolhas locais. As populações têm grande seletividade nas suas opções», revelou Marco António Costa, realçando que há quem vote «no mesmo dia» em partidos diferentes, consoante o órgão autárquico.

Neste campo, Luís Gomes alinha com Marco António Costa. «As candidaturas locais têm de valer por si, quanto às soluções e aos projetos que apresentam e à proximidade às populações. Em 2009, o PSD tinha obtido nas legislativas 20 e pouco por cento [em Vila Real de Santo António] e eu, passado quinze dias, obtive 70 e tal por cento. Acho que as pessoas são esclarecidas e, no caso do Algarve, conseguem separar as devidas águas», ilustrou.

Ainda assim, o presidente do PSD/Algarve lançou um recado ao Governo. «O Algarve está numa situação muito particular. Está a atravessar um momento muito difícil, que se acentuou desde final de 2008. (…) O Algarve tem de ter soluções concretas, por ter uma situação que também é muito concreta», disse.

«Acho que o Governo deve atender a esta realidade, tal como Governos passados atenderam a outras realidades: Península de Setúbal, Vale do Ave, em que implementaram medidas concretas para essas bacias de problemas. O Algarve precisa de resposta urgente e séria, pois é um dos balões de oxigénio para a economia do nosso país, através do Turismo», defendeu.

«Não podemos estar a matar a galinha dos ovos de ouro, que é o que o Turismo representa neste momento para o país. Não é justo darmos tanto ao país e por outro lado as populações serem tão prejudicadas. É este equilíbrio que nós pedimos. Em sede própria tive a oportunidade de dizer que é preciso um plano específico e respostas para o Algarve e urgentes», considerou.

O plano do PSD para a região foi apresentado ao Governo «em setembro de 2011», adiantou Luís Gomes, mas «infelizmente o Sr. Ministro da Economia não atendeu a estas propostas». «Fizemo-lo agora à Comissão Política Nacional e ficámos muito contentes com o acolhimento e por a Comissão Política hoje vir aqui transmitir que vai incluir essas medidas no pacote que o PSD nacional vai propor ao Governo», referiu.

 

Todos os candidatos têm a «confiança política» da Comissão Política Nacional

O candidato a Faro está escolhido, não muda e a Comissão Política Nacional tem confiança que os candidatos que são contestados, por já terem completado três mandatos à frente de outras autarquias, têm condições para ser cabeças-de-lista.

Marco António Costa defendeu que existe «um consenso político quanto à interpretação da Lei» entre a maioria dos partidos, no sentido «que ela não limita a capacidade de se candidatar noutra autarquia». «Compreendo que seja um debate jornalístico, académico e até jurídico, mas no plano político temos toda a confiança nas nossas candidaturas», disse.

Quanto ao candidato a Faro, o vice-presidente do PSD afastou a possibilidade de Macário Correia voltar à linha da frente, caso o tribunal volte atrás com a decisão de perda de mandato. «Esse é um assunto encerrado. Nós não tomamos decisões às pinguinhas. O candidato [Rogério Bacalhau] está escolhido, foi apresentado. Macário Correia tem a nossa estima, mas nós estamos todos empenhados em vencer as autárquicas aqui em Faro. Temos um grande candidato», afirmou.

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