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Câmara Municipal de Loulé - C.M.Loulé - MiraO PSD/Loulé considerou que a Câmara de Loulé está «sem objetivos para 2015» e acusa o executivo socialista, liderado por Vítor Aleixo, de «ignorar a folga de 24 milhões de euros», que transitou do anterior exercício.

Numa nota de imprensa, o presidente da concelhia louletana do PSD Rui Cristina disse esperar «mais ambição por parte do atual executivo municipal» e, como tal, considera que «a proposta de linhas de orientação política apresentada pelo executivo socialista [há uma semana] fica aquém das expetativas».

Para Rui Cristina, as linhas de orientação política do executivo municipal de Loulé, anunciadas por Vítor Aleixo, «fazem jus ao aforismo popular “uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma”, por não definirem objetivos concretos nem serem quantificados os investimentos». «Trata-se, no essencial, de um mero exercício de retórica», considerou.

«O PSD/Loulé considera que com a folga orçamental e o valor do orçamento do concelho de Loulé – o maior valor das autarquias do Algarve – se poderia avançar com um conjunto de pequenas intervenções públicas, nomeadamente na malha urbana das sedes de freguesia, passíveis de requalificar esses espaços, incentivando assim a iniciativa privada para um maior dinamismo no aproveitamento dessas infraestruturas públicas», dizem os social-democratas.

Na conferência de imprensa da passada segunda-feira, Vítor Aleixo elegeu a dinamização económica e o desporto como as duas prioridades para 2015. Para isso, além de garantir que vai criar um conjunto de medidas de incentivo ao empreendedorismo e à fixação de empresas, anunciou uma reorganização da Área Empresarial de Loulé e de parte da via que liga o Sul da cidade de Loulé a Quarteira.

Presidente do PSD Loulé Rui CristinaMedidas que não convencem os social-democratas. «Fica por perceber a razão de não existir uma aposta mais clara na reabilitação urbana, que não só no centro histórico da cidade de Loulé, mas nos diversos núcleos populacionais do concelho em que os proprietários dos imóveis atravessam dificuldades e necessitam de um enquadramento mais favorável», realçam.

Por outro lado, «não se compreende porque não avança este executivo com a reformulação dos serviços municipais, visando a maior celeridade dos processos de licenciamento e, dessa forma, motivar a iniciativa privada a investir e a criar mais emprego».
Quanto à intenção de atrair investimento e empresas, o PSD realça que não forma avançadas, na apresentação de Vítor Aleixo as regras que enquadrarão este desígnio.

«Com efeito, o executivo municipal referiu que irá disponibilizar lotes que possui para acolher investimentos, mas também não disse em que moldes pretende fazê-lo. Será através de alienação em hasta pública, por concurso, ou apenas um anúncio de intenções sem consequências?», questionam.

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