O PSD/Algarve veio a público rejeitar o corte de cerca de 3 milhões nas transferência para as autarquias algarvias previsto na proposta de Orçamento de Estado para 2014. Os social-democratas vão solicitar uma reunião «com carácter de urgência» ao Secretário de Estado da Administração Local António Leitão Amaro, para falar de «medidas compensatórias».
Defendendo a equidade na repartição dos cortes de transferências para as autarquias locais, o líder distrital do PSD Luís Gomes pede uma «atenção especial para o Algarve, uma das regiões mais penalizadas pela crise, nomeadamente na área do emprego».
«É indispensável e urgente uma política potenciadora de investimentos na nossa região. O crescimento económico, por força do aumento do investimento, deve ser a nossa principal preocupação na implementação das verbas disponíveis do próximo orçamento de estado», defendeu Luís Gomes.
Apesar de a União Europeia ter aceite aumentar os Fundos de Coesão destinados ao Algarve, que entre 2014 e 2020 atingirão os 238 milhões de euros (foram apenas 175 milhões entre 2007 e 2013), «não podemos aceitar que de num só orçamento, o governo retire 3 milhões de euros diretamente as autarquias da região».
«Para o PSD/Algarve a região, nomeadamente os seus municípios, têm sido duplamente penalizados pela crise pois a dependência dos impostos municipais sobre os imóveis é elevada o que, com a quebra da dinâmica do ramo da construção, tem levado a elevadíssimas quebras de receitas municipais. Adicionalmente os municípios algarvios são chamados a dar respostas a um aumento substancial da população na época estival o que os obriga a manterem estruturas essenciais altamente sobredimensionadas», consideraram, anda, os social-democratas algarvios, numa nota de imprensa.