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O PS/Faro acusa a concelhia local do PSD de estar  «com medo de perder os empregos na Câmara e nas empresas municipais» devido à aproximação do fim do mandato autárquico.

Os socialistas dizem mesmo que os social-democratas farenses despertaram a «9 meses do fim do mandato autárquico com medo do fim dos empregos pagos pelo erário público», alegando que a concelhia do PSD está, «na sua esmagadora maioria, empregada na Câmara de Faro e nas empresas municipais».

O PS reagiu a um comunicado do PSD farense, que na semana passada acusou o Governo de estar a fazer «um bloqueio político a Faro», por questões de «agenda eleitoral». Numa nota de imprensa, além de apontar o dedo aos social-democratas, o principal partido da oposição na capital farense defendeu o Governo.

Os socialistas defendem, desde logo, que só «não há nenhum impedimento» para que se realizem em 2017 os investimentos de 3,4 milhões de euros que chegaram a estar previstos para 2016 porque o Orçamento de Estado assim o determina. Documento que, recordam, foi aprovado «com votos contra do PSD e CDS».

O PS explicou que o OE para 2017 «permite que os municípios abrangidos por programas de saneamento e reequilíbrio financeiro possam este ano lançar as obras e investimentos previstos», algo que Faro foi impedido de fazer, no final do ano passado, altura em que estava previsto que avançasse um conjunto de obras, a maioria das quais de requalificação da rede viária e de edifícios públicos.

«O que o presidente da Câmara de Faro deveria explicar é porque razão não resgatou o PAEL mais cedo, como sempre propuseram os autarcas do PS Faro, e depois de já conhecer a proposta de Orçamento de Estado do Governo do Partido Socialista – veio fixar taxas máximas de IMI e de IRS quando aquele documento permitia pela primeira vez baixar as taxas pagas pelos farenses», diz o PS/Faro.

Uma questão que, segundo Rogério Bacalhau garantiu ao Sul Informação, se deve ao facto de a Câmara estar num processo de Reequílibrio Financeiro que, mesmo sem dívida ao PAEL, a obriga a manter os impostos nos níveis máximos previstos por lei.

Os socialistas aproveitam, ainda, para apontar o dedo a Cristóvão Norte, presidente do PSD/Faro e deputado à Assembleia da República, questionando o seu voto contra «o Orçamento de Estado que permitiu passar o IMI de 0.5 para 0.45, um orçamento que devolve autonomia ao poder local e que viabiliza a concretização de todo o plano de investimentos municipal», numa semana em que o Governo «entregou cerca de meio milhão de euros de juros de mora de IMI à Câmara de Faro».

Quanto ao passado, os socialistas questionam alegado «silêncio cúmplice» do PSD farense em diversas ocasiões, na altura em que o país era governado por Pedro Passos Coelho, nomeadamente quando as obras na Variante Norte foram paradas, em relação ao «sem número de médicos» que saiu do Hospital de Faro durante a última legislatura, quando houve atrasos na requalificação das escolas secundárias e em relação às demolições nas ilhas-barreira da Ria Formosa, entre outros.

sulinformacao

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