O porto de cruzeiros de Portimão já tem um rebocador desde meados de junho, mas só vai começar a funcionar, na prática, a partir de 17 de agosto, data em que está prevista a primeira escala de um navio na nova temporada de cruzeiros.
O Sul Informação apurou que o licenciamento do serviço de rebocador foi atribuído, após concurso, pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) à Svitzer Portugal-Rebocadores e Serviços Marítimos SA, uma empresa subsidiária do grupo internacional Svitzer.
O rebocador, segundo fonte da APS, está sediado em Sines e tem no mínimo 25 toneladas de força de tração e propulsão azimutal, sendo a sua utilização «legalmente indispensável para a movimentação de navios cruzeiros de turismo de comprimento superior a 140 metros».
Nos termos do Regulamento de Exploração, o navio de cruzeiros «tem de solicitar o serviço de reboque com antecedência de 24 horas», tal como, aliás, já acontecia até agora.
Mas agora há uma melhoria, de acordo com a informação prestada ao Sul Informação pela APS: é que «o serviço será assegurado ainda que, na prática, a antecedência de marcação seja menor, mas sempre com o mínimo de 8 horas», ou seja, o tempo que o rebocador leva a deslocar-se de Sines até Portimão.
Esta ressalva destina-se, no fundo, segundo explicou uma outra fonte da APS ao nosso jornal, a «evitar a repetição da situação vivida em janeiro deste ano com a escala não prevista do navio Funchal no porto de Portimão».
Nessa ocasião, devido à falta de um rebocador que auxiliasse na manobra de entrada no porto e de atracagem, o Funchal, carregado de passageiros que regressavam da passagem de ano na Madeira e deveriam ter seguido diretamente para Lisboa, teve que ficar atracado ao largo de Portimão durante dois dias.
O licenciamento agora atribuído à Svitzer para a operação do rebocador no Porto de Portimão prolonga-se por um ano, tendo tido início no passado dia 12 de Junho.
Além da melhoria em termos de operação portuária e segurança dos navios de cruzeiro, o licenciamento de um rebocador com a função específica de prestar serviço no Porto de Portimão trará poupanças quer à administração portuária, quer aos próprios navios.
A fonte da APS explicou que «antes da contratualização em causa, o preço do serviço era variável, entre 8.000 e 18.000 euros», mas, «no âmbito do atual contrato, o custo será no máximo de 4.000 euros e constituirá encargo do navio».