A redução de funcionários do Centro Distrital de Segurança Social de Faro «degradará ainda mais a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos algarvios, já antes prejudicados pelo encerramento de serviços de atendimento de proximidade e tesourarias em diversos locais do Algarve», defende António Eusébio, presidente do PS/Algarve, em comunicado.
«Estamos perante uma decisão gravíssima que põe em causa a Segurança Social pública no Algarve. Nos últimos três anos, assistimos a um corte de dois mil funcionários, a nível nacional, o que corresponde a 18 por cento da sua força produtiva», sublinha o líder dos socialistas algarvios, acrescentando que «muitos são substituídos de imediato recorrendo aos programas ocupacionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional».
O PS/Algarve considera que, nos últimos dias, tem havido um «ataque inclassificável do Governo contra a Segurança Social pública, consubstanciado no envio para a requalificação de um número indeterminado de funcionários».
Considerando que o total de despesas com pessoal representa apenas 1,1 por cento do orçamento do Instituto de Segurança Social, António Eusébio questiona as alegadas poupanças, «pois os serviços até agora prestados têm que ser adquiridos em regime de outsourcing, engrossando os custos financeiros e colocando em causa a prestação de serviços de qualidade em tempo razoável».
Por outro lado, salienta, «depois dos problemas verificados ao longo do último Verão com a prestação de serviços pela Linha Nacional de Emergência Social, sentidos de forma agravada no Algarve, registe-se a falta de resposta atempada aos pedidos de mobilidade intercarreiras e categorias de inúmeros funcionários, que são obrigados a recorrer aos sindicatos para fazer valer os seus direitos».
O PS/Algarve manifesta a sua «inteira solidariedade com os trabalhadores afetados e com as suas famílias e presta uma homenagem aos dirigentes sindicais que têm estado ao seu lado nesta hora difícil, procurando honrar de forma incansável a sua nobre missão».