Reformados, pensionistas e idosos algarvios concentraram-se esta manhã junto ao Mercado Municipal de Faro, «para defender o direito a uma reforma digna, o acesso aos cuidados de saúde e a melhoria das condições de vida das populações, dos nossos filhos e netos».
A delegação regional da Confederação MURPI – Movimento Unitário de Reformados Pensionistas e Idosos aproveitou o Dia Mundial do Idoso, que se assinala esta quarta-feira, para promover uma «maior consciencialização de largos sectores de reformados, pensionistas e idosos, para a necessidade de assumirem de corpo inteiro o combate, por todos os meios, às causas dos flagelos que os atingem».
«Nos últimos anos, os reformados, pensionistas e idosos foram, também, directa ou indirectamente, as principais vítimas das medidas de austeridade que vêm contribuindo para o seu crescente empobrecimento, com a redução progressiva e contínua dos seus rendimentos O acesso aos cuidados de saúde de proximidade foram dificultados pelo aumento generalizado das taxas moderadoras, elevado custo dos medicamentos, encerramento de postos clínicos e de serviços de internamento, e encarecimento dos transportes para a utilização dos serviços de saúde», ilustrou o MURPI, numa nota de imprensa.
O movimento denuncia, ainda, a redução da proteção social, nomeadamente os cortes no «complemento solidário para os idosos, complemento por dependência, rendimento social de inserção, subsídio de morte e de funeral e outros».
«Cerca de dois milhões de pessoas idosas, em Portugal, são vítimas da pobreza, exclusão social, solidão e doença incapacitante; intervir para alterar esta situação é contribuir para restituir a dignidade e o respeito a que têm direito», defende a MURPI.