A Universidade do Algarve comemorou ontem, oficialmente, o Dia da Universidade e concluiu as comemorações dos 35 anos de existência.
Nas diferentes intervenções houve espaço para abordar a crise que vivemos, em diferentes vertentes e a participação e cidadania, a nível interno, na academia, defendida pelo reitor.
Também houve lugar para uma Oração de Sapiência bem humorada, proferida pelo vice-reitor da Universidade de Lisboa António Feijó, que lançou a reflexão sobre o atual modelo de Ensino Superior, em Portugal.
A cerimónia solene reuniu, mais uma vez, a comunidade académica, trajada a rigor, e deu voz a representantes dos diversos setores, nomeadamente da Reitoria, do Conselho Geral, dos docentes, dos funcionários e dos alunos – o que, neste último caso, coincidiu com a despedida da atual presidente da Associação Académica Filipa Braz da Silva.
No seu discurso, o reitor da UAlg António Branco não fez um balanço do seu primeiro ano de mandato. Ao invés, preferiu deixar o repto para uma maior participação e envolvimento da parte dos membros da academia e colocar a assistência a pensar naquilo que é o exercício do poder e a necessidade de «instrumentos eficazes de vigilância ética» na nossa sociedade, para compensar o objetivo por atingir de« uma democracia em que todos reconheçamos os ideais fundadores “do governo do povo, pelo povo e para o povo”».
«Gostaríamos de ver os membros da comunidade mais envolvidos na identificação de problemas e na procura das soluções adequadas aos meios que dispomos; gostaríamos que a partir das orientações que propomos se multiplicassem as iniciativas que as melhorassem e ajudassem a executar», disse, no seu discurso.