Foi uma vitória (novamente) suada e um resultado curto e bem dividido, mas Rogério Bacalhau foi mesmo o vencedor na corrida pela presidência da Câmara de Faro. A coligação atualmente no poder foi reeleita para um segundo mandato à frente dos destinos da autarquia da capital algarvia, algo que não acontecia há quatro eleições seguidas, embora ainda não seja desta que o mesmo presidente completa dois mandatos consecutivos.
Este domingo, em Faro, ganhou a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/MIM, principalmente Rogério Bacalhau, que consegue também uma vitória pessoal, mas também ganhou a CDU, que volta a eleger um vereador, António Mendonça e subiu muito no número de votos, em relação a 2009 (de 467 para os 3122 de 2013, quase sete vezes mais).
Apesar da vitória, os próximos quatro anos não deverão ser fáceis para a coligação reeleita. Desta vez, a entrada de um vereador da CDU e a vantagem curta para o PS, a quem ganhou por cerca de 400 votos, determinam que a divisão de vereadores seja 4-4-1.
Da mesma forma que não tem maioria na Câmara, também na Assembleia Municipal a coligação de direita irá ficar em inferioridade numérica. Uma questão desvalorizada por Rogério Bacalhau que disse que irá «fazer o mesmo» que tem feito até agora, que é «procurar consensos».
Visivelmente orgulhoso por ter conseguido uma vitória de que, admitiu, alguns membros da sua equipa «chegaram a duvidar» (não ele, garantiu), Rogério Bacalhau agradeceu a muita gente, mas não mencionou o seu predecessor Macário Correia no discurso de vitória.
Mais tarde, aos jornalistas, garantiu que falou com o presidente cessante, eleito pela mesma coligação «por três vezes», este domingo e que ele já lhe havia dado os parabéns.
Para a população farense, houve mais agradecimentos e a garantia que o novo executivo dará um enfoque especial «ao espaço público», a principal preocupação que que lhe terá sido transmitida pela população, durante a campanha.
Quanto à importância da vitória para o PSD, o partido que lidera a coligação e que o escolheu, num dia bem difícil para o partido a nível regional e nacional, Rogério Bacalhau preferiu falar em vitória da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/MIM, dando a entender que, no seu caso, a união fez mesmo a força.
Os resultados finais foram: PSD/CDS/MPT/PPM/MIM 33,94%, PS 32,32%, CDU 12,76% (1), Independentes/Vitorino 5,74%, BE 4,82% e PPV/VItor Silva 1,38%. A afluência às urnas ficou nos 43,6 por cento (em 2009 votaram 57,4 % dos eleitores farenses).